Diálogos entre o pensamento de Ailton Krenak e a Antropologia da Vida
DOI:
https://doi.org/10.34019/1981-2140.2023.42172Palavras-chave:
Antropologia da Vida, Florestania, Pensamento ameríndioResumo
Este artigo possui enquanto eixo central relacionar, de forma dialogal, as implicações teóricas da chamada “Antropologia da Vida” e o pensamento ameríndio de Ailton Krenak. A revisão da teoria antropológica contemporânea foi realizada de modo a criar conexões entre os conceitos-chave presentes em “Futuro Ancestral”, como, “cultura sanitarista”, “confluências” e “florestania”. A perspectiva de estender as definições do social a outros domínios, em antinomia ao paradigma moderno de oposição entre natureza e cultura, encontra nas ideias de Krenak as premissas fundamentais para pensar-se um novo mundo e uma outra relação com os seres que o habitam - ideias essas, elementares para as proposições da Antropologia contemporânea. Ao elaborar essas relações, pretende-se, antes, destacar o protagonismo do pensamento de Krenak, embasado na ontologia ameríndia, como forma de se repensar o contratualismo dos modernos, que funda lógicas segregacionista em relação à floresta e seus povos, no que convencionou-se denominar “antropoceno” ou “capitaloceno”.
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