Acidentes por animais peçonhentos: panorama epidemiológico na Bahia, entre 2015 e 2019

Autores

  • Pedro Henrique Barbosa Ribeiro Liga Acadêmica de Clínica Médica, Salvador-BA; Medicina (UNIFTC) https://orcid.org/0000-0001-8180-6759
  • Luiz Ricardo Cerqueira Freitas Junior Liga Acadêmica de Clínica Médica, Salvador - BA; Medicina (UNIFTC) https://orcid.org/0000-0003-4488-4218
  • Natália Santiago Pinto de Almeida Liga Acadêmica de Clínica Médica, Salvador-BA; Medicina (UNIFTC)
  • Katia de Miranda Avena Liga Acadêmica de Clínica Médica, Salvador-BA; Medicina (UNIFTC) https://orcid.org/0000-0002-2179-3893

Palavras-chave:

Atenção Primária à Saúde, Animais Peçonhentos, Acidentes Ofídicos

Resumo

Segundo a Organização Mundial de Saúde, os acidentes por animais peçonhentos encontram-se entre as doenças tropicais negligenciadas. No Brasil, apesar do Sistema Único de Saúde garantir o tratamento integral dessas condições, esse agravo promove consequências clínicas e socioeconômicas, afetando, sobretudo, pessoas em idade produtiva. Diante desse cenário, estudos que forneçam dados epidemiológicos que subsidiem estratégias de prevenção e atendimento a esse agravo tornam-se relevantes. Como objetivos, buscou-se analisar o perfil epidemiológico dos acidentes por animais peçonhentos na Bahia, de 2015 a 2019. A metodologia trata-se de um ecológico, retrospectivo, realizado com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN/DATASUS). Foram analisadas as variáveis: ano do acidente por animais peçonhentos, faixa etária, agente causador, gênero e raça. Dispensou-se apreciação pelo Comitê de Ética em Pesquisa por terem sido utilizados dados públicos, sem identificação dos participantes. De 2015 a 2019, foram notificados 98.169 acidentes por animais peçonhentos na Bahia, com maior incidência nos anos de 2018 (n=25.047, 25,5%) e 2019 (n=24.695, 25,2%). A faixa etária mais acometida foi de 20-59 anos, representando 58,2% dos casos (n=56.815), seguida pela faixa etária de 10-19 anos, com 15,4% do total (n=15.058). Os homens foram os mais acometidos, representando 53,3% (n=52.327). Houve maior incidência de casos entre pacientes da raça parda, representando 62,0% do total (n=60.852). Ao analisar o agente causador, observou-se maior incidência de acidentes com escorpiões, representando 72,7% dos casos (n=71.362), seguido dos agentes ofídicos com 12,5% do total (n=12.283). Em conclusão, evidenciou-se maior incidência de acidentes por animais peçonhentos entre homens, adultos, da raça parda, sendo o escorpiônico o tipo de acidente mais notificado e o ano de 2018 aquele com maior número de registros. Esses dados apontam para a necessidade de medidas preventivas mais enfáticas, principalmente nos meses de temperaturas mais altas, pelo risco aumentado de contato com animais peçonhentos.

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Biografia do Autor

Pedro Henrique Barbosa Ribeiro, Liga Acadêmica de Clínica Médica, Salvador-BA; Medicina (UNIFTC)

Acadêmico de Medicina.

Luiz Ricardo Cerqueira Freitas Junior, Liga Acadêmica de Clínica Médica, Salvador - BA; Medicina (UNIFTC)

Acadêmico de Medicina.

Natália Santiago Pinto de Almeida, Liga Acadêmica de Clínica Médica, Salvador-BA; Medicina (UNIFTC)

Acadêmica de Medicina.

Katia de Miranda Avena, Liga Acadêmica de Clínica Médica, Salvador-BA; Medicina (UNIFTC)

Possui Graduação em Fisioterapia pela Universidade Católica do Salvador (2001), Especialização em Formação Superior de Profissionais de Saúde pela Escola Nacional de Saúde Pública (2006), Mestrado em Fisioterapia (área de concentração em Fisioterapia Cardiovascular e Respiratória) pelo Centro Universitário do Triângulo/MG (2003), e Doutorado em Medicina e Saúde Humana pela Escola Bahiana de Medicina (2012). 

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Publicado

2021-06-01

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