Tentativa de suicídio por intoxicação exógena: panorama sociodemográfico brasileiro dos últimos anos

Autores

  • Luana Thainá Souza Oliveira Liga Acadêmica de Clínica Médica – UNIFTC
  • Evelyn Almeida Possidonio Costa Liga Acadêmica de Clínica Médica – UNIFTC https://orcid.org/0000-0002-4293-9177
  • Gabriel Soares Miranda Liga Acadêmica de Clínica Médica – UNIFTC
  • Kátia de Miranda Avena Centro Universitário de Tecnologia e Ciências (UniFTC). https://orcid.org/0000-0002-2179-3893

Palavras-chave:

Atenção primária à saúde, Tentativa de Suicídio, Intoxicação

Resumo

O suicídio, seja o ato consumado ou sua tentativa, configura-se como um importante problema de saúde pública. A intoxicação exógena representa o segundo meio mais utilizado para praticar esta violência autodirigida. Nesse contexto, a Atenção Básica, com enfoque para o cuidado integral, torna-se indispensável para o reconhecimento, acolhimento e prevenção de novos casos de tentativas ou consumação de autocídio. Objetivou-se analisar o perfil sociodemográfico das tentativas de suicídio por intoxicação exógena no Brasil e em suas regiões, nos últimos cinco anos. Trata-se de um estudo epidemiológico, retrospectivo, descritivo, realizado através do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN/DATASUS), de 2015 a 2020. Foram analisados gênero, raça e faixa etária dos casos de tentativa de suicídio por intoxicação exógena. Dispensa-se apreciação pelo Comitê de Ética em Pesquisa por terem sido utilizados dados públicos e sem identificação dos participantes. Dos 295.895 casos de tentativa de suicídio por intoxicação exógena no Brasil, 73,3% (n=217.048) eram mulheres. Com relação à raça, houve predomínio de brancos (47,1%, n=139.398) e pardos (33,7%, n=99.812). No que tange à idade, a faixa etária de 40-59 anos prevaleceu (49,6%, n=146.762), seguida da faixa de 15-19 anos (20,5%, n=60.610). Analisando as regiões brasileiras, o Sudeste apresentou 50,2% das notificações (n=148.462), seguido pela região Sul com 23,5% (n=69.542). Esses dados corroboram com o perfil descrito na literatura no que tange à idade, raça e gênero. Ao analisar as regiões brasileiras, o comportamento evidenciado diverge dessa literatura, onde anteriormente a região Sul figurava como aquela com maior número de notificações. Em conclusão, das tentativas de suicídio analisadas, evidenciou-se maior prevalência entre mulheres, brancas, adultas, com mais de 40 anos, residentes no Sudeste do país. Esse estudo reforça a necessidade de aprimoramento de políticas públicas que auxiliem na identificação e intervenção em situações de risco para o suicídio, contribuindo na diminuição dos casos.

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Biografia do Autor

Luana Thainá Souza Oliveira, Liga Acadêmica de Clínica Médica – UNIFTC

Estudante de medicina do 10º semestre do Centro Universitário de Tecnologia e Ciências (UniFTC).

Evelyn Almeida Possidonio Costa, Liga Acadêmica de Clínica Médica – UNIFTC

Estudante de medicina do 7º semestre do Centro Universitário de Tecnologia e Ciências (UniFTC).

Gabriel Soares Miranda, Liga Acadêmica de Clínica Médica – UNIFTC

Estudante de medicina do 6º semestre do Centro Universitário de Tecnologia e Ciências (UniFTC).

Kátia de Miranda Avena, Centro Universitário de Tecnologia e Ciências (UniFTC).

Fisioterapeuta, Docente, Doutora em Medicina e Saúde Humana. Centro Universitário de Tecnologia e Ciências (UniFTC). Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública.  

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Publicado

2021-06-01

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