O papel da APS frente ao processo de luto pós COVID-19
Palabras clave:
Atenção Primária à Saúde, Luto, COVID-19Resumen
O contexto pandêmico causado pelo vírus SARS-Cov-2 trouxe inúmeras mudanças na economia, na política e no âmbito social. As mortes e perdas em massa, em curto período de tempo, além do aspecto da dificuldade dos funerais e rituais de despedidas, provocaram um doloroso desajuste no processo de lidar com o luto. A Atenção Primária à Saúde (APS) possui a competência de prestar assistência ao processo de terminalidade e finitude da vida, e isso requer da equipe um preparo, além de um olhar multidimensional e complexo. Neste estudo, o intuito central foi compreender o papel do profissional da APS em relação ao luto no contexto de pandemia. A pesquisa consiste em uma revisão de literatura a partir das bases de dados em Ciências da saúde. Mediante os textos elegidos e submetidos à análise, considerou-se 5 parâmetros que expõem o papel da Atenção Básica frente ao processo de luto na pandemia. 1) Reconhecer a demanda da saúde mental, principalmente, nesse período da pandemia; 2) Ter empatia e solidariedade pelo paciente; 3) Procura por aprimoramento profissional na área de saúde mental e processo de luto; 4) Prestar o cuidado por meio de alternativas, como teleconferência, envio de cartas, ou ligações aos pacientes “enlutados”; 5) Organização do trabalho em conjunto com parcerias dentro e fora da unidade de saúde. Conclui-se que, sob essa nova perspectiva de pandemia, juntamente com as incertezas quanto ao futuro, nota-se o aumento da demanda de um apoio psicossocial e de saúde mental por parte da Atenção Primária à Saúde, e isto caracteriza um grande desafio na prática clínica em relação a como lidar com o processo de luto.