Educação permanente para agentes comunitários da Unidade de Saúde Sussuarana em Salvador-Ba
Palabras clave:
Atenção Primária à Saúde, Educação permanente, Saúde da família, Agente comunitário de saúdeResumen
A Estratégia Saúde da Família (ESF) constitui modelo prioritário de reorientação do cuidado em saúde, baseando-se no vínculo, abordagem comunitária e familiar e integralidade. Nesse contexto, os ACS (Agentes Comunitários de Saúde) desempenham papel crucial como elo entre comunidade e equipe (NASCIMENTO; CARDOSO, 2008). A educação permanente em saúde trata-se de um processo educativo de formação/atualização de profissionais contextualizada na sua prática cotidiana (CECCIM, 2004). A educação permanente permite o aprimoramento e valorização dos profissionais da saúde da família, baseando-se na dialogicidade, criticidade e apreensão da realidade (FREIRE, 2005). Objetivou-se relatar a experiência sobre a educação permanente para ACS em unidade de saúde da família de Sussuarana, em Salvador-Ba, em 2019. Realizou-se rodas de conversas e oficinas sobre temas relacionados à rotina da Estratégia Saúde da Família. A seleção baseou-se nas necessidades trazidas pelos ACS. As oficinas eram realizadas mensalmente com a mediação de dois médicos. Recursos audiovisuais eram utilizados para facilitar a compreensão e as discussões eram baseadas em simulações reais. Assim, o processo formativo foi implementado a partir da proposta dialógica e dialética de Freire (2005), estimulando a reflexão sobre a práxis e as possibilidades de aperfeiçoar sem desumanizar o trabalho dos ACS. Essa estratégia didático-pedagógica possibilitou o encontro de subjetividades, diferentes concepções e reflexões sobre a realidade da comunidade. Nesta perspectiva, a proposta formativa oportunizou a escuta sensível das especificidades dos ACS, o compartilhamento de vivências e experiências, bem como a construção coletiva de conhecimentos, numa prática educacional libertadora, por meio da emancipação de sujeitos, que passaram a realizar o trabalho com maior autonomia e embasamento teórico-prático. Em conclusão, a educação permanente foi importante para aperfeiçoar a assistência prestada pela equipe aos usuários, visto que os ACS atuam em atividades na unidade e extra-muro, tais como visitas domiciliares, educação em saúde e acolhimento.