O Uso de Práticas Integrativas e Complementares no tratamento do distúrbio ansioso
Palabras clave:
Atenção Primária à Saúde, Práticas Integrativas e Complementares, Farmacoterapia, AnsiedadeResumen
O distúrbio ansioso é um dos transtornos psicológicos mais comuns e representa 37% das doenças mentais que mais procuram atendimento na Atenção Primária. O tratamento correto é essencial, dado as consequências na saúde e o alto risco de suicídio. A farmacoterapia é o tratamento mais utilizado, entretanto outros recursos podem fazer parte do plano terapêutico, como as práticas integrativas e terapias comunitárias, visto que abordam o indivíduo em sua dimensão global. Objetivou-se apresentar a relevância das práticas integrativas para o plano terapêutico de pacientes com ansiedade e mostrar a importância do bem estar físico, mental e social para a saúde do indivíduo. A pesquisa foi realizada através de fontes de dados, como artigos científicos eletrônicos nas plataformas BVSMS, PubMed e SciELO. O tratamento farmacológico de ansiedade é amplamente utilizado, principalmente com Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina (ISRS) e os benzodiazepínicos para resolução de crises agudas. No entanto, tais medicamentos podem oferecer efeitos adversos e até mesmo dependência, o que mostra a importância da busca por outras terapias no auxílio do tratamento. Estudos têm trazido evidências de que a terapia homeopática, acupuntura e auriculoterapia podem ser úteis para esses pacientes. A terapia comunitária surge também como uma importante aliada, visto que oferece um momento para troca de experiências e contribui para o enfrentamento dos problemas vivenciados. O uso dessas terapias associado ao tratamento convencional tem crescido na Europa e América do Norte, o que mostra uma tendência cada vez maior aos cuidados integrativos em saúde mental. Em conclusão, percebe-se que, devido aos efeitos colaterais dos medicamentos usados no tratamento convencional de ansiedade, as terapias integrativas e complementares podem ser grandes aliadas, a fim de reduzir o uso excessivo dessas drogas. Apesar do crescimento observado em tais práticas, há necessidade de mais estudos e investimentos na área.