Obstáculos da Atenção Primária na abordagem das demandas psicossociais durante a pandemia

Autores

  • Ana Cristina Oliveira de Souto Centro universitário de João Pessoa (UNIPÊ) https://orcid.org/0000-0003-1700-5302
  • Daniel Breno Santana Almeida Centro universitário de João Pessoa (UNIPÊ)
  • Henrique Oliveira de Souto Centro universitário de João Pessoa (UNIPÊ)
  • Gabriela de Vasconcelos Barros Centro universitário de João Pessoa (UNIPÊ)
  • Aline Cristina Abrantes Formiga Centro universitário de João Pessoa (UNIPÊ)

Palavras-chave:

Atenção Primária à Saúde, . Infecções por Coronavírus, Saúde mental

Resumo

Diante do cenário de isolamento social, decorrente da pandemia do Covid-19, a Atenção Primária à Saúde (APS) realizou mudanças na estratégia de abordagem à saúde mental, a fim de evitar o contágio do vírus. Entretanto, vários são os obstáculos para o cuidado eficiente das demandas psicossociais, em virtude das dificuldades inerentes ao atual contexto, que englobam desde o rastreio ineficiente dos indivíduos que apresentam sofrimento mental, as possíveis intercorrências do teleatendimento, até o medo dos pacientes de contrair a doença em uma possível ida aos serviços de saúde. Como objetivos, buscou-se Identificar e analisar os obstáculos na abordagem da saúde mental durante o isolamento social. Quanto à metodologia, trata-se de uma revisão integrativa da literatura, a partir de publicações científicas, nas bases de dados: SciELO, PubMed e BVSMS. Sobre os resultados e discussões, constatou-se que a APS implementou modificações na abordagem da saúde mental durante o isolamento social, a exemplo da recomendação de procura de atendimento presencial, apenas em caráter excepcional, e instituição do teleatendimento com psicólogos e médicos. Porém, tais medidas não são eficazes para toda a população. Os obstáculos presentes no teleatendimento abrangem a dificuldade de acesso aos meios de comunicação, como internet ou telefonia. Mesmo com esse atendimento viável, existem eventuais barreiras, tal qual a falha na conexão, que pode culminar em uma quebra de vínculo médico-paciente. Juntamente a isso, um ambiente domiciliar desfavorável para a realização das consultas pode dificultar a exposição de demandas ocultas pelo paciente. Ademais, o medo dos indivíduos, por conta da alta transmissibilidade do vírus, resulta na redução dos atendimentos presenciais, somada a uma dificuldade para obtenção das prescrições dos medicamentos, que findam na descontinuidade do tratamento e exacerbação dos sintomas. Em conclusão, a análise dos obstáculos enfrentados pela APS permite inferir que, apesar dos serviços existentes, são necessárias mais estratégias eficazes de inclusão para uma melhor adesão dos pacientes com demandas psicossociais. 

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Biografia do Autor

Ana Cristina Oliveira de Souto, Centro universitário de João Pessoa (UNIPÊ)

Discente do curso de Medicina do Centro universitário de João Pessoa (UNIPÊ)

Daniel Breno Santana Almeida, Centro universitário de João Pessoa (UNIPÊ)

Discente do curso de Medicina do Centro universitário de João Pessoa (UNIPÊ)

Henrique Oliveira de Souto, Centro universitário de João Pessoa (UNIPÊ)

Discente do curso de Medicina do Centro universitário de João Pessoa (UNIPÊ)

Gabriela de Vasconcelos Barros, Centro universitário de João Pessoa (UNIPÊ)

Discente do curso de Medicina do Centro universitário de João Pessoa (UNIPÊ)

Aline Cristina Abrantes Formiga, Centro universitário de João Pessoa (UNIPÊ)

Docente do curso de Medicina do Centro universitário de João Pessoa (UNIPÊ)

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Publicado

2021-06-01

Edição

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