ANÁLISE DAS INTERVENÇÕES REALIZADAS NA ALTA HOSPITALAR DE IDOSOS ACOMPANHADOS EM SERVIÇO DE ORIENTAÇÃO E REFERENCIAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO

Autores/as

  • Tacita Pires de Figueiredo Hospital Risoleta Tolentino Neves
  • Nelson Machado do Carmo Junior Hospital Risoleta Tolentino Neves
  • Ronara Camila de Souza Groia Hospital das Clínicas da UFMG
  • Rachel Cristina Cardoso Pereira Secretaria Municipal de SAúde de Belo Horizonte
  • Rafaela Ranielle Silveira Universidade Federal de Minas Gerais
  • Jessica Soares Malta Universidade FEderal de Minas Gerais
  • Josiane Moreira Costa Universidade Federal de Minas Gerais

Palabras clave:

idoso, planejamento da alta, atenção primária.

Resumen

Introdução: a alta hospitalar é um período de transição do cuidado e de responsabilidades em nível de rede e, também, em relação ao indivíduo e a família que retomam o cuidado8. Algumas experiência em projetos na transição do cuidado abordam a reconciliação medicamentosa, orientação do paciente e familiares e contato por telefone2. Farmacêuticos vinculados a um programa de residência multiprofissional propuseram a realização do referenciamento farmacoterapêutico de idosos na rede com o intuito de contribuir para a segurança da farmacoterapia durante a transição do cuidado e a realização de contato pós-alta por telefone. Este trabalho destinou-se a análise das orientações realizadas durante a alta e descritas nos encaminhamentos farmacoterapêuticos e ao perfil desses indivíuos no contato pós-alta. Materiais e métodos: trata-se de estudo coorte retrospecitvo, desenvolvido em um hospital público geral de ensino de Belo Horizonte, Minas Gerais, que realiza atividades de ensino, pesquisa e assistência, sendo referência para a rede em urgência e emergência, integrado ao SUS. A amostra estudada foi a de prontuários dos pacientes acompanhados pelos farmacêuticos residentes nas equipes multiprofissionais da instituição em estudo que receberam alta de 17 de janeiro de 2014 a 3 de dezembro de 2014 e que possuíssem o encaminhamento farmacoterapêutico elaborados e com os quais foi realizado o contato pós alta. Foram excluídos os pacientes que não preenchessem um dos critérios de inclusão. Resultados: foram realizados encaminhamentos farmacoterapêuticos para 135 pacientes, entretanto, o contato pós-alta foi realizado com 63 desses. Sobre as principais orientações realizadas na alta e descritas nos encaminhamentos farmacoterapêuticos observamos que a orientação verbal sobre o uso dos medicamentos foi realizada com 133 (93,66 %) dos pacientes, a orientação para acesso em 130 (91,55%) e o alerta sobre reações adversas e registro das ocorrências ocorreu em 71 (71,13%). A maioria dos entrevistados precisava de ajuda para administrar os medicamentos 50 (79,37%). Os principais cuidadores eram as filhas em 22 (34,92%) dos pacientes e as esposas 12 (19,05%), apenas 38 (58,46%) dos pacientes relataram que fizeram consulta com médico da atenção primária após internação. Conclusão: a orientação farmacêutica na alta e o contato pós-alta são estratégias adotadas na transição do cuidado que podem contribuir para melhoria da educação em saúde, segurança e acessibilidade no uso dos medicamentos.

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Publicado

2017-01-20

Número

Sección

Artigos Originais

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