Cuidar e ser cuidado: relação terapêutica interativa na humanização da saúde

Autores

  • Annatalia Meneses de Amorim Gomes Universidade Estadual do Ceará
  • Marilyn Kay Nations Universidade de Fortaleza
  • Jose Jackson Coelho Sampaio Universidade Estadual do Ceará
  • Maria Socorro Costa Feitosa Alves Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Palavras-chave:

Relações profissional-paciente, Humanização da assistência, Assistência centrada no paciente, Assistência Centrada no Paciente, Serviços de saúde

Resumo

Este ensaio é uma reflexão crítica sobre a relação profissional-paciente baseada em revisão sumária de uma literatura específica. Na história da Ciência Médica, destacam-se três aspectos que contribuíram para a constituição de uma relação objetiva e positiva entre o cuidador e o ser cuidado: o paradigma biomédico, a formação tecnicista e o determinismo econômico. Deste modo, emoções, crenças, valores, ambiente socioeconômico e familiar, doadores de determinantes e significados do processo saúde-doença, foram menos valorizados no encontro clínico. Mudanças nos processos e práticas de saúde exigem vários projetos de enfrentamento e solução. A Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão em Saúde – PNH, criada pelo Ministério da Saúde brasileiro, em 2003, com ênfase no cuidado humano, vem, juntamente com outras iniciativas no campo da saúde, contribuir para recuperar o que havia sido pouco valorizado. Transformar a conduta atual em cuidado interativo requer o estabelecimento de uma relação participativa, praticada na perspectiva da integralidade, que centra o cuidado no ser humano em sua complexidade histórica, insere a subjetividade, compreende as diferenças, incorpora os princípios éticos, valoriza a comunicação dialogada e promove a autonomia. Além da tecnologia de equipamentos, é imprescindível considerar este encontro entre pessoas e imaginários, de forma ampla e intersubjetiva, favorecendo a expressão criativa e autônoma dos sujeitos. A interação terapêutica necessita ocorrer em ambiente social que reduza desigualdades de status e de poder. Para aflorar o cuidado clínico humanizado, é preciso, ainda, propiciar uma formação profissional interdisciplinar e apoiada filosoficamente.

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Biografia do Autor

Annatalia Meneses de Amorim Gomes, Universidade Estadual do Ceará

Professora Colaboradora do Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da Universidade Estadual do Ceará

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Publicado

2011-12-08

Edição

Seção

Artigos Originais