OBESIDADE INFANTIL: CARACTERÍSTICAS EM UMA POPULAÇÃO ATENDIDA PELO PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA

Autores/as

  • Mônica Barros Costa Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Jaqueline Helena Araújo Silva Prefeitura de Juiz de Fora
  • Ana Carmen dos Santos Ribeiro Simões Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Marcio José Martins Alves Universidade Federal de Juiz de Fora

Palabras clave:

Obesidade, Sobrepeso, Prevalência, Epidemiologia, Pediatria

Resumen

O objetivo do presente estudo é conhecer a prevalência e os fatores relacionados à obesidade infantil, em população de assentamento. Foram avaliados 141 indivíduos, de ambos os sexos, de cinco a oito anos de idade, atendidos pelo Programa de Saúde da Família, em cidade de porte médio. A média da idade foi 7,1±1,11 anos e a prevalência de sobrepeso e obesidade foi de 5,7% e 9,2%, respectivamente. Quanto ao grau de escolaridade, 107 pais (87,7%) e 114(85,7%) mães não concluíram o Ensino Fundamental. Existe relação entre o grau de escolaridade materna e a presença de obesidade no filho, sendo o risco relativo para ganho excessivo de peso na criança, na presença de baixa escolaridade materna de 2,104 (IC:0,944-4,689). A mediana da renda familiar foi R$ 300,00 e da renda per capita R$64,67. O risco relativo para obesidade e sobrepeso, na presença de baixa renda per capita, foi de 1,74 (IC:0,682-4,514). Foi encontrada ainda tendência ao sedentarismo, em toda a população estudada, com apenas 43 (30,5%) crianças referindo prática regular de exercícios físicos, na maioria das vezes, aulas de Educação Física, na escola. Dentre as crianças com obesidade e sobrepeso, em 10 (47,6%) casos, os pais não detectaram essa condição nos seus filhos, sendo maior a discordância entre a percepção dos pais e o estado nutricional da criança, nos indivíduos do sexo feminino. Pode-se concluir que, na população de baixa renda estudada, é alta a prevalência de obesidade infantil e que, muitas vezes, os pais não sabem avaliar adequadamente o estado nutricional dos filhos. É também elevada a taxa de sedentarismo e a escola parece ter papel importante no incentivo à prática de atividade física. A obesidade infantil é tema sobre o qual o Programa de Saúde da Família poderia desenvolver estratégias de atuação.

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Biografía del autor/a

Mônica Barros Costa, Universidade Federal de Juiz de Fora

Professo Adjunto Associado do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora

Jaqueline Helena Araújo Silva, Prefeitura de Juiz de Fora

Enfermeira do Programa de Saúde da Família da Prefeitura de juiz de Fora

Ana Carmen dos Santos Ribeiro Simões, Universidade Federal de Juiz de Fora

Professo convidado do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora

Marcio José Martins Alves, Universidade Federal de Juiz de Fora

Professo Adjunto Associado do Departamento de Saúde Coletiva da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora

Publicado

2011-09-06

Número

Sección

Artigos Originais

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