Abordagem multidisciplinar de feridas diabéticas na Atenção Primária à Saúde

Autores

  • Lucas d’Almeida Franco Centro Universitário de Caratinga (UNEC)
  • Gabriela Faria de Sales Centro Universitário de Caratinga (UNEC)
  • Isadora Valeriano de Paula Centro Universitário de Caratinga (UNEC)
  • Pedro Augusto Reis Centro Universitário de Caratinga (UNEC) https://orcid.org/0000-0002-3054-6851
  • Ian Ramos Simões Santos Centro Universitário de Caratinga (UNEC)

Palavras-chave:

Atenção primária à saúde, Feridas, Diabetes Mellitus, Educação em Saúde

Resumo

Por se tratar de doença silenciosa, o Diabetes Mellitus (DM), causa complicações micro e macrovasculares importantes. Uma delas é a presença de úlceras, mais conhecida como pé diabético. O rastreamento, a monitorização constante da glicemia e o ajuste de medicação são formas eficazes que reduzem os índices de feridas complicadas e amputações. Assim, observa-se a importância dos cuidados com o paciente pela equipe multidisciplinar, que contribui para a redução de diagnósticos tardios e irreversíveis. Objetivou-se relatar a importância de uma abordagem multidisciplinar como potencializadora na prevenção e aderência ao tratamento de lesões diabéticas na Atenção Primária à Saúde (APS). Trata-se de revisão de literatura, sendo realizado um estudo descritivo a respeito da abordagem multidisciplinar de feridas diabéticas. Devido à sua natureza complexa, as úlceras diabéticas exigem cautela multiprofissional para a prevenção e manejo. A APS é o nível de assistência ideal para isto, pois permite a tomada de decisões compartilhadas entre os profissionais. De acordo com Singh et al, um estudo selecionou 341 pacientes para estratificação de risco e acompanhamento multidisciplinar. Após 3 anos, a incidência de amputações de membro inferior era apenas 1.1 a cada 1000 pessoas por ano. Dentre os pacientes de alto risco, aqueles que perderam mais de 50% das consultas agendadas 54 vezes mais chances de desenvolverem úlceras e risco 20 vezes maior de amputação quando comparados aos pacientes com acompanhamento regular. Em conclusão, o correto manejo das pessoas com DM é um desafio, porém o serviço coordenado pela equipe multidisciplinar comprovadamente melhora a qualidade de vida dessa população. Isso permite maior adesão ao tratamento e, consequentemente, um controle glicêmico eficaz e melhores desfechos cardiovasculares. Ademais, garante a redução de custos hospitalares, pois diminui a taxa de cirurgias complexas. Logo, é nítido o valor da APS no manejo das feridas diabéticas e a necessidade do rastreio da neuropatia para o tratamento precoce.

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Biografia do Autor

Lucas d’Almeida Franco, Centro Universitário de Caratinga (UNEC)

Graduado em Medicina.

Gabriela Faria de Sales, Centro Universitário de Caratinga (UNEC)

Acadêmica de Medicina.

Isadora Valeriano de Paula, Centro Universitário de Caratinga (UNEC)

Acadêmica de Medicina.

Pedro Augusto Reis, Centro Universitário de Caratinga (UNEC)

Acadêmico de Medicina.

Ian Ramos Simões Santos, Centro Universitário de Caratinga (UNEC)

Acadêmico de Medicina.

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Publicado

2021-06-01

Edição

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