A importância da relação médico-paciente no planejamento familiar
Palavras-chave:
Atenção primária à saúde, Relação Médico-Paciente, Planejamento familiar, AnticoncepçãoResumo
Uma boa relação médico-paciente no planejamento familiar é fundamental para o sucesso da promoção de saúde na Atenção Primária. É regulamentado por lei o direito reprodutivo e de acesso à assistência, contracepção e concepção, orientado por meio de ações preventivas e educativas, amparado pelo vínculo estabelecido entre o profissional e a pessoa atendida. Quanto melhor for a conexão e a qualidade da orientação prestada, maior a satisfação, aceitabilidade e continuidade do cuidado. Objetivou-se aprimorar a adesão aos métodos contraceptivos e as medidas pré-concepcionais, utilizando de um entendimento mútuo entre a indicação médica e o desejo da paciente. Trata-se de pesquisa em artigos científicos, com foco em planejamento familiar e relação médico-paciente, em plataformas como Science Direct, além do Tratado de Medicina de Família e Comunidade. É necessário que a paciente conheça e compreenda todos os métodos para contracepção, tenha aconselhamento, suporte e participe da decisão terapêutica. A autonomia da paciente deve ser considerada no conjunto de ações de controle de fecundidade para que haja continuidade e constância do cuidado, prevenindo desfechos desfavoráveis. Uma vez estabelecida a boa relação médico-paciente, melhorias de indicadores básicos de saúde são observados, incluindo a redução da gravidez na adolescência e a ocorrência de Infecções Sexualmente Transmissíveis, diminuição do abandono escolar, melhor preparação de mães - tanto para a saúde gestacional quanto para o maior cuidado com as crianças - menor abandono de recém nascidos, entre outras adversidades. A partir do momento que se concretiza uma conexão entre médico e paciente, desfechos negativos são minimizados, há uma troca mútua de confiança, o médico consegue estabelecer uma influência na escolha do plano de cuidado de acordo com as indicações previstas e o paciente consegue exercer sua autonomia. Assim, há uma melhor e mais eficaz prevenção e promoção da saúde.