O RASTREAMENTO DO CÂNCER DE PRÓSTATA E O DESAFIO DA TRADUÇÃO DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO NA PRÁTICA CLÍNICA
Abstract
Com o envelhecimento populacional, o câncer de próstata tornou-se um importante problema de saúde pública nas últimas décadas. Paralelamente, o consenso em torno da ideia de que o rastreamento com toque retal e PSA seria a solução para esse problema chegou a ponto dessa intervenção ser identificada como indissociável à saúde do homem e motivo de culpabilização dos indivíduos que não aderissem a essa prática dita preventiva. Durante esse mesmo período, longe dessa hegemonia conquistada no senso comum, essa intervenção foi alvo de diversos estudos, chegando a ser rotulada como “um desastre de saúde pública” pelo criador do PSA, em virtude dos danos associados a ela.1