Associação entre consolidação da Saúde da Família e menor incidência de sífilis congênita: estudo ecológico
DOI:
https://doi.org/10.34019/1809-8363.2022.v25.35513Palavras-chave:
Sífilis Congênita, Disparidades nos Níveis de Saúde, Estratégia Saúde da FamíliaResumo
Objetivos: Estimar tendências temporais na incidência de sífilis congênita (SC) em Minas Gerais e regiões de saúde e investigar a distribuição espacial da doença, identificando regiões de maior incidência e sua associação com fatores socioeconômicos e assistenciais. Métodos: Estudo ecológico que teve as regiões de saúde como unidades de análise. Foram estimadas tendências temporais de incidência de SC no período de 2001 a 2018 para o estado e suas 13 macrorregiões de saúde e, na segunda etapa, uma análise espacial para investigar a associação entre a incidência média da SC de 2011 a 2018 e fatores socioeconômicos e assistenciais em 2010 nas microrregiões de saúde. Resultados: Todas as regiões de saúde tiveram grande crescimento na incidência de SC e a taxa estadual teve aumento médio anual de 22,5% (IC95%: 17,3%; 28,0%). As taxas de incidência foram maiores nos grandes centros urbanos e menores nas regiões de maior Índice de Desenvolvimento Humano. As regiões com ESF consolidadas tiveram taxas 24,4% menores (IC95%: 0,5%; 42,8%). A maior proporção de adequação do pré-natal ao número mínimo de consultas preconizadas também teve associação com menores taxas de incidência. Conclusões: A incidência de SC teve grande crescimento no período recente, especialmente em grandes centros urbanos e regiões com menor cobertura da ESF e de pré-natal.