Análise dos casos de Leishmaniose Visceral entre 2015 e 2019
Palavras-chave:
Atenção Primária à SaúdeResumo
A Leishmaniose Visceral (LV) é uma doença crônica, sistêmica, que, quando não tratada, pode evoluir para óbito em mais de 90% dos casos. Tem como agente etiológico os Protozoários do gênero Leishmania. Na área urbana, o reservatório é o cão. No ambiente silvestre, os reservatórios são: raposas e marsupiais. A transmissão ocorre pela picada dos vetores flebotomíneos (do gênero Lutzomyia) infectados pela Leishmania. Em 2006 o Ministério da Saúde (MS) publicou o Programa de Vigilância e Controle da Leishmaniose Visceral (PVCLC), com medidas para diagnóstico e tratamento precoce dos casos, redução da população de flebotomíneos, eliminação de reservatórios e atividades de educação em saúde. Objetivou-se analisar a evolução do número de casos de LV nos anos de 2015-2019 nas macrorregiões brasileiras. Trata-se de estudo transversal, retrospectivo e descritivo, utilizando dados de 2015 a 2019, obtidos a partir do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Após análise, observamos uma redução no número de casos diagnosticados no Brasil entre 2015 e 2019, em que no ano de 2015 foram notificados 3.558 casos, já em 2019, 2.827 casos. No Nordeste temos o maior número de notificações (9.975) e a região Sul com menor número de notificações (71) entre 2015-2019. Notamos que na região Sul, apesar de ter o menor número de casos notificados, temos aumento do número de casos notificados entre 2015 (06 casos) e 2019 (16 casos), o mesmo foi observado na região Norte, que em 2015 foram notificados 506 casos, já em 2019, 541 casos. Conclui-se que a LV ainda é um agravo comum em determinadas regiões brasileiras. O PVCLC enfatiza que a educação em saúde deve estar incluída em todos os serviços que desenvolvem ações de controle de LV, sendo imprescindível a capacitação das equipes de saúde e o esclarecimento da população.