Dificuldade no diagnóstico de hanseníase multibacilar: relato de experiência

Autores

  • Lenon Rocha Manzotti Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS)
  • Daniel Gomes de Araujo Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS)
  • Marielle Rodrigues Martins Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS)
  • Andresa Fernandes Pérego Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS)
  • Camila Cavanha Faria Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS)

Palavras-chave:

Atenção Primária à Saúde

Resumo

A Hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa, causada pelo Mycobacterium leprae, bacilo álcool-ácido resistente, com alto poder de infectividade e baixa patogenicidade. A transmissão ocorre por meio de pessoa com hanseníase, na forma infectante da doença, sem tratamento, que elimina o bacilo para o meio exterior, infectando outras pessoas suscetíveis. A principal via de eliminação do bacilo pelo doente e a mais provável via de entrada deste no organismo são as vias aéreas superiores, por meio de contato próximo e prolongado. No Brasil, os maiores coeficientes de prevalência de hanseníase foram observados, em ordem decrescente, nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste. Objetivou-se relatar a dificuldade no diagnóstico de Hanseníase na Atenção Primária. Trata-se de relato de caso baseado em informações obtidas em prontuário e revisão de literatura. Quanto ao caso, trata-se de mulher, 32 anos, procedente de área rural de Campo Grande-MS, há 5 meses iniciou quadro de lesões nodulares em antebraços, não pruriginosas, não descamativa, sem sangramentos ou exsudatos. Passou por diversas consultas em Unidades Básicas de Saúde, com diversos tratamentos, sendo o último com antifúngico para micoses, mas sem um diagnóstico definitivo, sendo encaminhada para serviço terciário (avaliação com especialidade – dermatologia). Exame físico: lesões papulares, bordas irregulares, circunscritas, eritematosas, hipercrômicas, de cor marrom-acastanhadas e tamanhos variáveis de 0,5-1,5 cm. Raspado dérmico: baciloscopia positiva para hanseníase. Diante do diagnóstico de Hanseníase Multibacilar, foi iniciado tratamento com PQT/MB. Em conclusão, para evitar incapacidades relacionadas à hanseníase e cessar a cadeia de transmissão, é imprescindível o reconhecimento precoce da hanseníase e instituição do tratamento. É de suma importância reconhecer patologias endêmicas de sua área de atuação.  Através do relato, é possível observar diagnósticos errôneos e não suspeita de uma doença endêmica na região centro-oeste, necessitando ser encaminhado para um serviço especializado para a realização do diagnóstico, que normalmente é feito na Atenção Primária.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Lenon Rocha Manzotti, Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS)

Graduado em Medicina pela Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal - FACIMED . Clínica Médica pelo Hospital Regional de Mato Grosso do Sul - HRMS. Residente de Cardiologia pela Beneficiência Portuguesa de São Paulo (atual). Possui graduação em Farmácia pelo Centro Universitário de Maringá - UNICESUMAR.

Daniel Gomes de Araujo, Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS)

Acadêmico de Medicina.

Marielle Rodrigues Martins, Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS)

Graduação em Medicina pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Residência Médica em Clínica Médica pelo Hospital Regional de Mato Grosso do Sul - HRMS.

Andresa Fernandes Pérego, Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS)

Acadêmica de Medicina.

Camila Cavanha Faria, Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS)

Médica residente no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS).

Downloads

Publicado

2021-06-01

Edição

Seção

Resumos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)