Sífilis: estudo epidemiológico no estado do Ceará
Palavras-chave:
Atenção Primária à SaúdeResumo
A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível causada pelo Treponema pallidum. É curável e de notificação compulsória. Atualmente, é considerada uma epidemia no Brasil, visto que nos anos de 2010 a 2018 foi observado aumento de 4.000% no número de casos, tendo importante relação com a resistência ao uso do preservativo no país. O objetivo desta revisão de literatura é dissertar a respeito da epidemiologia da sífilis no estado do Ceará. A metodologia utilizada foi a revisão de literatura de artigos da base de dados Scielo e do Boletim Epidemiológico do Estado do Ceará, de 18 de outubro de 2019. Foi usada a palavra-chave: sífilis. A sífilis pode ser classificada como primária, secundária e terciária. A primária cursa com lesão única e indolor, que surge até 90 dias após o contato, em geral em região genital. Na secundária há manchas no corpo, febre, mal-estar, cefaleia e adenite, que surgem até 6 meses após a lesão inicial. Já a terciária cursa com lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, que podem surgir até 40 anos após a infecção. Os casos de sífilis latente são aqueles em que o paciente é assintomático, sendo considerada recente quando há menos de dois anos de infecção e tardia quando há mais de dois anos. Em 2018, foram notificados 2.808 casos de sífilis adquirida, 2.306 casos em gestantes, 1.513 casos de sífilis congênita e 8 óbitos por sífilis congênita. A maior proporção das gestantes foi diagnosticada apenas no terceiro trimestre, ainda que haja melhora dos índices de diagnóstico precoce. Diante disso, pode-se constatar que a erradicação da sífilis é um desafio do sistema de saúde, visto que tem tido importante acréscimo de casos, sendo essencial a implementação de medidas de prevenção e orientação da população.