A PERCEPÇÃO DE OUVINTES SOBRE O PROGRAMA SAÚDE NA COMUNIDADE DA RÁDIO COMUNITÁRIA ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DO RUBEM BERTA - FM

Autores

  • Douglas Gava de Bona Sartor Hospital Nossa Senhora Conceição - Grupo Hospitalar Conceição
  • Marcos Oliveira Dias Vasconcelos Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba
  • Renata Pekelman Hospital Nossa Senhora Conceição - Grupo Hospitalar Conceição

Palavras-chave:

rádio - educação em saúde - percepção

Resumo

A Associação dos Moradores do Rubem Berta (AMORB) de Porto Alegre/RS conquistou uma rádio comunitária no final de 2007. No início de 2008 a AMORB convidou a Médica de Família e Comunidade da unidade de saúde local para apresentar um programa sobre saúde. Em abril de 2008 iniciaram os programas, com periodicidade semanal e duração de uma hora, contando na sua organização com outros profissionais de Saúde da Família em formação, incluindo os autores deste trabalho. Sua importância é perceptível enquanto uma nova área de atuação na Atenção Primária à Saúde, dentro da educação em saúde. Além disso, é utilizada pelas comunidades que se organizam e se comunicam paralelamente à mídia dominante, desenvolvendo sua autonomia.

O objetivo foi analisar a percepção de ouvintes, trabalhadores e usuários, das unidades de saúde Costa e Silva e Jardim Leopoldina do GHC, sobre o Programa Saúde na Comunidade da Rádio Comunitária AMORB FM.

A pesquisa consistiu em um estudo de caso que utilizou o método qualitativo, com coleta de dados a partir de grupos focais, um com trabalhadores e outro com usuários do Serviço de Saúde Comunitária do GHC (SSC/GHC). Foi utilizada a Análise de Conteúdo.

Os trabalhadores da saúde entendem que a linguagem utilizada precisa ser aperfeiçoada, pois ainda apresenta alguns vícios acadêmicos; já os usuários acharam a linguagem clara. A dinâmica, tem pouca participação de ouvintes e os convidados têm falas longas. Dois intervalos musicais ajudariam a quebrar o cansaço, além da introdução de mais um tema por programa. Repetir algumas informações e chamar mais para a realidade da comunidade auxiliariam na compreensão. O programa utiliza temas muito importantes, que deveriam ser melhor divulgados, estendendo a todo o SSC/GHC e com prévia do próximo programa. Percebeu-se a importância de ter esse espaço na mídia. Não houve consenso quanto à espontaneidade das falas.

Apesar das rádios comunitárias serem utilizadas pela população brasileira há algumas décadas, sua importância ainda não foi reconhecida pelos profissionais da saúde. Essa pesquisa ajudou a confirmar a sua relevância como uma ferramenta de educação em saúde e a perceber a pertinência de investimentos públicos para o desenvolvimento da área. A inexperiência dos profissionais com a mídia não foi um fator impeditivo para a compreensão dos temas pelos radiouvintes. Porém, é importante trabalhar com o retorno e escuta dos ouvintes para tornar o programa mais atrativo.

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Biografia do Autor

Douglas Gava de Bona Sartor, Hospital Nossa Senhora Conceição - Grupo Hospitalar Conceição

Médico de Família e Comunidade

Unidade de Saúde Barão de Bagé - Serviço de Saúde Comunitária

Marcos Oliveira Dias Vasconcelos, Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba

Médico de família e comunidade, 

mestrando em Saúde da Família e Comunidade - UFRN

professor da Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba - FCM

Renata Pekelman, Hospital Nossa Senhora Conceição - Grupo Hospitalar Conceição

Médica de família e Comunidade e mestre em Educação - UFRGS

Especialista em Práticas Pedagógicas em Serviços de Saúde – UFRGS

Prefeitura Municipal de Porto Alegre- SMS/ US Rubem Berta; e Hospital Nossa Senhora Conceição - Grupo Hospitalar Conceição (GHC)

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Publicado

2014-11-03

Edição

Seção

Artigos Originais