Gramatização e soft power
a escrita como ferramenta de legitimação hegemônica
Palavras-chave:
Gramatização., Soft power., Padronização linguística., Imperialismo linguístico., Inglês como língua franca.Resumo
O estudo investiga a relação entre o processo de gramatização de línguas e o conceito de soft power, tendo em vista a padronização linguística como um mecanismo de influência política e cultural de nações hegemônicas. Com base na teoria de Auroux (1992) acerca da revolução técnico-linguística, discute-se o impacto da escrita na normatização dos vernáculos europeus e a sua relação com o imperialismo linguístico. Para tal, utiliza-se uma metodologia qualitativa, fundamentada em análise documental e bibliográfica. Os achados sugerem que a padronização linguística teve uma função relevante na construção de identidades nacionais e na disseminação de discursos hegemônicos, com destaque para o inglês como língua franca e seu papel no fenômeno da globalização. O estudo também discute como instituições anglófonas promovem padrões normativos, reforçando a hegemonia linguística da Língua Inglesa em um contexto de assimetrias e disputas de poder.