Variação linguística e ensino
aceitabilidade de orações relativas dos tipos padrão e não padrão na Educação de Jovens e Adultos (EJA)
DOI:
https://doi.org/10.34019/1982-2243.2023.v27.40751Resumen
Este artigo apresenta os resultados de um julgamento de aceitabilidade com escala likert, focalizando as variantes para a estrutura relativa do PB (Tarallo, 1983), tendo como participantes estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e da escola regular. Parte-se da hipótese de que a escola é seletiva na rejeição/aceitação de variantes do tipo não padrão, sendo mais incisiva, em relação às relativas, com a estratégia resumptiva do que a cortadora, dentre as estratégias do tipo não padrão em uso na língua. Uma vez que o alunado da EJA tem um contato mais tardio/menos regular com as prescrições escolares, espera-se uma maior persistência de uso/aceitação dessa estratégia nessa modalidade. Efetivamente, nossos resultados demonstram que a EJA avalia de forma mais positiva a estratégia resumptiva. O papel das regras prescritivas na formação da gramática do falante escolarizado é discutido a partir da noção de periferia marcada de Kato (2005) e de múltiplas gramáticas de Roeper (1999).