24) Bang bang burlesco: cinema e paródia sob um ponto de vista discursivo

Autores

  • Odair José Moreira da Silva (USP)

Resumo

Inglês: Bang bang burlesque: parody and cinema from a discursive point of view
French Discourse Analysis (DA) posits reflections on conveyed heterogeneity. In this view, reported discourse gains ground as an enunciator ́s strategy in presenting another enunciative source while producing his text. As regards parody films, the question to be asked is how intertextual devices are built and prompted in the film diagesis. For a parody film to be constituted beyond expectation, it does not suffice to makeother voices explicit in order to call attention, since it is necessary to go beyond what is clear, searching for the intertext not only to convey a first reading that produces an effect of expected meaning, but also to read between the lines for a second meaning that the enunciator wants to convey; a second voice beyond the visible, dictating reflection and evaluation. The analysis which will be undertaken for a film specimen in the field- the western Blazing Saddles-by Mel Brooks, is based on these principles and on the repertoire of DA and will show that the parody of a genre like the western seeks to emphasize not only the emergence of a reevaluation, but also brings forth a new way of looking at and doing films.
Keywords: parody; discursive heterogeneity; citation; cinema; intertextuality.

Tradução:
A análise do discurso francesa (AD) postula reflexões a respeito da heterogeneidade mostrada; nesse âmbito, é relevante a importância do discurso relatado como estratégia de um enunciador que,na produção do próprio texto, coloca em presença outra fonte enunciativa. Com relação ao cinema da paródia, de que modo o mecanismo intertextual de um filme é construído e acionado na composição da diegese fílmica? Para que uma paródia cinematográfica se constitua além do esperado não bastam somente as vozes alheias explicitadas para chamar a atenção, pois é preciso ir além daquilo que está claro, buscar o intertexto para evidenciar não somente uma primeira leitura que produz um efeito de sentido aguardado, mas enxergar nas entrelinhas um segundo ponto de vista que o enunciador quer revelar, uma segunda voz que está além das aparências e que dita novas reflexões e avaliações. A análise que será empreendida a um filme exemplar nesse campo, Banzé no oeste, de Mel Brooks, com base nesses preceitos e no repertório da AD, mostrará que a paródia de um gênero como o western busca não só salientar a emergência de uma reavaliação, mas também trazer à tona uma nova maneira do olhar e do fazer cinematográficos.
Palavras-chave: paródia; heterogeneidade discursiva; citação; cinema; intertextualidade.

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Publicado

2016-06-22

Edição

Seção

Artigos