Análise morfológica de sinais da Libras que nomeiam municípios da Zona da Mata Mineira

Autores

Palavras-chave:

Libras, Morfologia, Topônimos, Municípios da Zona da Mata Mineira

Resumo

Dick (1990) estabeleceu as bases da toponímia no Brasil e mostrou que os topônimos podem apresentar três estruturas principais: simples, composta ou híbrida, nesse último caso, formada por elementos de línguas diferentes. Souza-Junior (2012) foi o primeiro a investigar topônimos na Libras e, com base em Dick (1990), também identificou topônimos dos três tipos. O objetivo desta pesquisa é coletar sinais da Libras que nomeiam os municípios da Zona de Mata do estado de Minas Gerais e analisá-los morfologicamente com base em Rodero-Takahira (2015); Rodero-Takahira e Scher (2020) e Xavier e Ferreira (2021). Para este trabalho, foram coletados 122 sinais da Libras que nomeiam os municípios na Zona de Mata mineira de um acervo de topônimos, denominado Librassário e constituído através da colaboração de surdos mineiros. Nossos resultados mostram maior incidência de sinais híbridos (57%) e, dentre esses, de sinais compostos (79%). Entre os compostos, são mais frequentes os simultâneos (42%), seguidos dos mistos, sequenciais e simultâneos, (38%) e estes, dos sequenciais (20%).

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Biografia do Autor

Mirella de Oliveira Pena Araújo, Mestre pela UFPR

Mestre em Letras pela Universidade Federal de Paraná (UFPR), 2024. Possui graduação Letras-Libras pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), 2019. Professora de Libras rede prefeitura de ensino de Juiz de Fora (PJF). Participa do grupos de estudos linguístico da libras (GELLI) na UFJF desde 2014.

Aline Garcia Rodero Takahira, UFJF

Possui bacharelado em Letras com habilitação em Tradutor e Intérprete Inglês/ Português e Licenciatura Plena Inglês/Português pelo Centro Universitário Ibero-Americano (UNIBERO) (2004). É Mestre em Linguística pelo Programa de Pós-graduação do Departamento de Linguística da Universidade de São Paulo (USP) (2010) e Doutora em Linguística pelo mesmo programa (2015). É Professora Adjunta no Departamento de Letras Estrangeiras Modernas da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), atuando no curso de Letras-Libras desde 2014. É membro do Grupo de Estudos em Morfologia Distribuída (GREMD) da USP desde 2006/1. Coordena o Grupo de Estudos Linguísticos da Libras (GELLI) na UFJF desde 2014. Atua nas áreas de Morfologia e Sintaxe em uma abordagem gerativista atuando principalmente nos seguintes temas: formação de palavras, composição, incorporação, classificadores, code blending e bilinguismo bimodal.

André Nogueira Xavier, UFPR

Possui graduação em Letras (Linguística e Português) (2002), mestrado em Semiótica e Linguística Geral (2006) pela USP e doutorado em Línguística (2014) pela Unicamp, com estágio na University of New Mexico (Estados Unidos). Pós-doutorado na University of British Columbia, Canadá, em 2015, na Universidade de São Paulo, em 2016 e atualmente na Universidad de Buenos Aires, Argentina. Vem desenvolvendo pesquisas em parceria com pesquisadores estrangeiros, precisamente, da University of New Mexico e University of Texas (EUA), Universidade de Buenos Aires (Argentina), University of British Columbia (Canada) e Tampere University (Finlândia) a partir de uma perspectiva cognitivo-funcional.

Referências

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Publicado

2024-12-23

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Artigos