Aquisição de linguagem de crianças institucionalizadas e não- institucionalizadas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.34019/1982-2243.2023.v27.41956

Resumo

Partindo do princípio que o desenvolvimento da linguagem impacta diretamente na vida dos indivíduos, o artigo tem como principal objetivo, acarear, por meio da metodologia do levantamento bibliográfico dos estudos realizados por Nobrega e Minervino (2020); Misquiatti et al, (2020); Ralli et al (2017); Windsor, Glaze e Koga (2007) , as defasagens linguísticas de crianças institucionalizadas comparadas às crianças que nunca passaram pelo processo de institucionalização. Como fundamentação para a análise dos resultados apresentados, foi realizada uma discussão à luz da teoria afetiva Walloniana e a teoria inatista de Noam Chomsky. Como resultados, é possível comprovar que, independentemente do método aplicado e do país de origem, as crianças institucionalizadas apresentam menores rendimentos linguísticos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BRONFENBRENNER, U. Ecological models of human development. International Encyclopedia of Education, 3, (p.1643-1647) England: Elsevier Sciences. 1994.

CHOMSKY, N. O conhecimento da língua, origem e uso. Portugal: Editorial Caminho. 1986

______. (2009). Linguagem e mente. São Paulo: Editora UNESP

DÉR, L. C. S. A constituição da pessoa: uma dimensão afetiva. In: MAHONEY, A. A.; ALMEIDA, L. R. (Org.). A constituição da pessoa na proposta de Henri Wallon. 2ª edição. São Paulo: Loyola, 2010. p. 61-76.

ECONOMOU, A., BESEVEGIS, E., MYLONAS, K., & VARLOKOSTA, S. Assessment instrument for the detection of speech and language impairments in preschool children: Test Description, Administration and Scoring Manual, Material, Scoring Sheets. Ministry of Education, funded by O.P. Education. 2009

FOOLEN, A. The heart as a source of semiosis: The case of Dutch. In: SHARIFAN et al. (Eds.), Culture, body, and language: conceptualizations of internal body organs across cultures and languages. Berlin: Mouton de Gruyter, 2008, p.373–394.

GALVÃO, I. Henri Wallon: uma concepção dialética do desenvolvimento infantil. 23ª edição. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.

HATZICHRISTOU, H., POLYCHRONI, F., BESEVEGIS, E., MYLONAS, K. Examination of developmental characteristics of school and psychosocial adjustment of preschool and school aged children according to the standardized test of Psychosocial Adjustment. Psychology, 18 (4), 503-524. 2004

LENNEBERG, Eric H. A capacidade de aquisição. In.: COELHO, Marta; LEMLE, Miriam; LEITE, Yonne (Orgs.). Novas perspectivas linguísticas. Trad.: Miriam Lemle. Petrópolis: Vozes, 2001, p. 55-92.

MACLEAN, K. The impact of institutionalization on child development. Development and Psychopathology, 15(4), 853-884. 2003

MELO, Lélia Erbolato. Principais teorias/abordagens da aquisição de linguagem. In: MELO, Lélia Erbolato (Org.). Tópicos de psicolingüística aplicada. 2ª ed. São Paulo: Humanitas/FFLCH/USP, 1999, p. 25- 53

MISQUIATTI, A.R.N. et al. Desempenho de vocabulário em crianças pré-escolares institucionalizadas. Rev. CEFAC, p.783-791, mai- jun, 2015.

MUSSEN, P. H., Conger; Conger, J. J., Kagan; J., & Huston, A. C. Socialização na família. In: MUSSEN, P. H., Conger. Desenvolvimento e personalidade da criança. 3 ed. São Paulo: Harbra, 1995.

NÓBREGA, J. N; MINERVINO, C. A. S.M. Análise do nível de desenvolvimento da linguagem em crianças abrigadas. Psicol. Argum, Curitiba, v. 29, n. 65, p. 219-226, Jun 2011.

PEDROSO, F. S., & ROTTA. Transtornos na linguagem. In: Rotta, Newra Tellechea; Ohlweiler, Lygia; Riesgo, Rudimar dos Santos. Transtornos da Aprendizagem: Abordagem Neurobiológica e Multidisciplinar. Porto Alegre: Artmed Editora, v. 1, f. 256, 2016. 512 p, p. 112-129.

PIAGET, J. Seis estudos de psicologia. Tradução: Maria Alice Magalhães D’ Amorim e Paulo Sergio Lima Silva - 24º Ed. Rio de Jneiro: FORENSE UNIVERSITARIA, 1999.

PILOTTI, F. RIZZINI. I. A arte de governar crianças: histórias das políticas sociais, da legislação e da assistência à infância no Brasil. INN/EDUSU. Amais: São Paulo, 1995.

PINKER, S. O instinto da linguagem: como a mente cria a linguagem. Trad.: Claudia Berliner; rev. técnica: Cynthia Levart Zocca. São Paulo: Martins Fontes, 2002.

RALLI, A. MELPOMENI, S.A.T. Language and Psychosocial Skills of Institutionalized Children in Greece. The Open Family Studies Journal, p. 76-87, Jun. 2017.

RAPOSO, E. Teoria da gramática: a faculdade da linguagem. Lisboa: Caminho, 1992.

SENA, F.V. GOMES, N.S. Aquisição de linguagem: uma abordagem gerativista. Revista Philologus, ano 21. Nº 63. Rio de Janeiro. set/dez. 2015

SPITZ, R.A. La Première année de la vie de l'enfant: Genèse des premières relations objectales, f. 76. 1958. 152 p.

VOGINDROUKAS, L & A., PROTOPAPAS & G., SIDERIDIS. Experiment on the Expressive Vocabulary (Greek version of Renfrew Word Finding Vocabulary Test). 2009

WALLON, H. Do Acto ao Pensamento. Lisboa: Moraes. 1942.

WALLON, H. A Evolução Psicológica da Criança. São Paulo: Martins Fontes, p.110-220. 2010.

WINDSOR, J., GLAZE. L. E; KOGA, S. F. Language acquisition with limited input: Romanian institution and foster care. Journal of speech, language, and hearing research. 2007. 1365–1381 p. Disponível em: https://doi.org/10.1044/1092-4388(2007/095). Acesso em: 10 fev. 2022.

Downloads

Publicado

2023-12-18