Religião sem Deus: contribuição do jovem Heidegger para a filosofia da religião

Autores

  • Miguel Angelo Caruzo

Palavras-chave:

Heidegger, fenomenologia, faticidade, religião

Resumo

O intuito do presente trabalho é apresentar as considerações heideggerianas acerca do que postula ser a tarefa da filosofia e, por conseguinte, da filosofia da religião. A partir de 1919 estendendo-se ao longo da década de 1920, o filósofo alemão apresentou, em alguns trabalhos, a filosofia como metodologicamente ateia; e, em determinado momento, categoricamente afirma que uma filosofia cristã seria inconcebível, uma vez que seu “objeto” de estudo não é o mesmo do cristianismo ou da teologia. A filosofia, portanto, tem como telos, no pensamento do jovem fenomenólogo, a experiência originária da vida fática. Com essa concepção, até mesmo a religião visitada pela filosofia tem como fim essa experiência e não, por exemplo, a discussão em torno da questão de um Deus a qual essa vivência religiosa poderia remeter. Assim, a faticidade e a fenomenologia são abordadas para compreender em que medida é possível pensar a religião filosoficamente.

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Referências

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Publicado

2013-03-03

Como Citar

CARUZO, M. A. . Religião sem Deus: contribuição do jovem Heidegger para a filosofia da religião. Sacrilegens , [S. l.], v. 10, n. 1, p. 33–45, 2013. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/sacrilegens/article/view/26742. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

Temática Livre