DIONISO UMA REVISITAÇÂO AO SELVAGEM

Autores

  • Tulio Toledo UFJF
  • Luana de Almeida Telles UFJF

DOI:

https://doi.org/10.34019/2237-6151.2019.v16.28891

Palavras-chave:

Dioniso, Mênades, Natureza, Eurípides, Penteu

Resumo

Esta proposta busca analisar a simbologia presente nas figuras de Dioniso e de Penteu na tragédia de Eurípides, utilizando a peça como chave hermenêutica para compreensão da oposição entre o sentimento de polis e a experiência natural dionisíaca, vivenciada pelas mênades. O trabalho tem como objetivo compreender a iniciação ao culto de Dioniso Lysios como possibilidade para uma transformação na forma de como o sujeito se compreende no mundo e age perante o espaço natural. Através de uma análise literária propõe-se uma revisitação a uma condição de natureza ainda não exteriorizada, não separada do Ser. Busca-se também compreender a possibilidade de como os indivíduos poderiam experienciar uma relação mais harmônica com o mundo natural dentro da polis, diferente das mênades que buscavam o abrigo das montanhas. O homem civilizado diante da problemática de seu afastamento com a Natura parte em direção a uma possível reeducação de seu olhar para vivenciar aquele ambiente selvagem proposto por Dioniso.  

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Publicado

2020-02-28

Como Citar

TOLEDO, T.; TELLES, L. de A. . DIONISO UMA REVISITAÇÂO AO SELVAGEM . Sacrilegens , [S. l.], v. 16, n. 2, p. 74–84, 2020. DOI: 10.34019/2237-6151.2019.v16.28891. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/sacrilegens/article/view/28891. Acesso em: 22 dez. 2024.