Metodologias desenvolvidas pela genealogia intelectual da ciência da religião

Autores

  • Fábio L. Stern
  • Matheus Oliva da Costa

DOI:

https://doi.org/10.34019/2237-6151.2017.v14.26967

Palavras-chave:

Metodologia científica, Pesquisa empírica, Métodos comparativos, Métodos classificatórios, Agnosticismo metodológico

Resumo

Esse texto demonstra como a ciência da religião é uma ciência autônoma e que seus pesquisadores construíram diversos métodos de pesquisar religiões, desde o seu surgimento no século XIX até a atualidade. Para isso, é realizada uma revisão bibliográfica com o recorte específico de autores que escreveram dentro de genealogias intelectuais da ciência da religião enquanto ciência autônoma. Quatro tipos de métodos são discutidos nesse texto: os principais modelos de pesquisa empírica, os métodos comparativos, os métodos classificatórios e a atitude metodológica frente ao objeto. Esse texto aponta à necessidade de cientistas das religiões no Brasil dominarem sua própria história e conhecerem as questões que envolvem seus debates metodológicos internacionais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ARAGÃO, Gilbraz. Novos métodos em ciências da religião. Ciências da religião:
bloco de notícias do Programa de Pós-Graduação da UNICAP. Recife, 26 out. 2011.
Disponível em: <http://crunicap.blogspot.com.br/2011/10/novos-metodos-em-cienciasda-
religiao.html>. Acesso em: 14 ago. 2017.
BENTHALL, Jonathan. Returning to religion: why a secular age is haunted by faith.
London: I. B. Tauris, 2008.
BERGER, Peter L. O dossel sagrado: elementos para uma teoria sociológica da
religião. São Paulo: Paulus, 1985.
CANTRELL, Michael A. Must a scholar or religion be methodologically atheistic or
agnostic? Journal of the American Academy of Religion, Oxford, v, 84, n. 2, 2016, p.
373-400.
CAPES. Ciências da religião e teologia: documento de área. Brasília: MEC, 2016.
CAPPS, Walter H. Religious studies: the making of a discipline. Minneapolis: Fortress,
1995.
CHANTEPIE DE LA SAUSSAYE, Pierre Daniel. Manual of the science of religion.
London: Longmans, Green, 1891.
________. História das religiões. 2ª ed. Lisboa: Inquérito, 1940.
CRUZ, Eduardo R. Estatuto epistemológico da ciência da religião. In: PASSO, João
Décio; USARSKI, Frank (Org.). Compêndio de ciência da religião. São Paulo: Paulus;
Paulinas, 2013, p. 37-49.
DIX, Steffen. O que significa o estudo das religiões: uma ciência monolítica ou
interdisciplinar? Revista Lusófona de Ciência das Religiões, Lisboa, n. 11, 2013, p.
11-31.
ELIADE, Mircea. Origens: história e sentido na religião. Lisboa: Edições 70, 1989.
________. Tratado de história das religiões. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
ENGLER, Steven; STAUSBERG, Michael. Metodologia em ciência da religião. In:
PASSOS, João Décio; USARSKI, Frank (Org.). Compêndio de ciência da religião.
São Paulo: Paulus; Paulinas, 2013, p. 63-73;
ENGLER, Steven. Brazil. In: ALLES, Gregory D. (Ed.). Religious studies: a global
view. New York: Routledge, 2010, pp. 273-277.
GRESCHAT, Hans-Jürgen. O que é ciência da religião? São Paulo: Paulinas, 2005.
HALL, David D. (Ed.). Lived religion in America: toward a history of practice.
Princeton: Princeton University, 1997.
HANEGRAAFF, Wouter Jacobus. Defining religion in spite of History. In:
PLATVOET, Jan G.; MOLENDIJK, Arie L. (Eds.). The pragmatics of defining
religion: contexts, concepts & contests. Leiden: Brill, 1999, p. 337-378.
HOCK, Klaus. Introdução à ciência da religião. São Paulo: Loyola, 2010.
JENSEN, Tim. O estudo das religiões na Dinamarca. Revista Imaginário, São Paulo,
n. 8, 2002, p. 396-418.
MARTIN, Luther H. Comparison. In: BRAUN, Willi; McCUTCHEON, Russell (Eds.).
Guide to the study of religion. London: Continuum, 2000, p. 45-56.
MARTINS, Fernanda. Ciência da religião debate métodos e metodologia. Universidade
do Estado do Pará, Belém, 16 nov. 2016, Notícias. Disponível em:
<http://www.uepa.br/pt-br/noticias/ci%C3%AAncia-da-religi%C3%A3o-debatem%
C3%A9todos-e-metodologia>. Acesso em: 14 ago. 2017.
MÜLLER, Max F. Introduction to the science of religion: four lectures delivered at
the Royal Institution in February and May, 1870 [New Edition]. London: Longmans,
Green & Co., 1882 [1870].
PADEN, William E. New patterns for comparative religion: passages to an
evolutionary perspective. London; New York: Bloomsbury Academic, 2016.
PARALELLUS: Revista de Estudos de Religião da UNICAP. Dossiê: métodos,
técnicas e tendências de pesquisa em estudos de religião. Recife, v. 6, n. 13, jul./dez.
2015.
________. Dossiê: métodos, técnicas e tendências de pesquisa em estudos de religião II.
Recife, v. 7, n. 14, jan./abr. 2016.
PETAZZONI, Raffaele. O método comparativo. Religare: Revista do PPG em Ciências
das Religiões da UFPB, João Pessoa, v. 13, n. 1, 2016, p. 245-265.
PLATVOET, Jan G. Comparing religions: a limitative approach. Den Haag: Mouton,
1982.
PONDÉ, Luiz Felipe de Cerqueira e Silva. Em busca de uma cultura epistemológica. In:
TEIXEIRA, Faustino Luis Couto (Org.). A(s) ciência(s) da religião no Brasil:
afirmação de uma área acadêmica. São Paulo: Paulinas, 2001, p. 11-66.
PYE, Michael. Strategies in the study of religions. Berlin; Boston: DeGruyter, 2013.
SHARMA, Arvind. Religious studies and comparative methodology: the case for
reciprocal illumination. New York: Suny, 2005.
SHEEDY, Matt. Ateísmo metodológico vs. agnosticismo metodológico. Revista
Último Andar, São Paulo, v. 1, n. 29, 2016, p. 295-303.
SHOJI, Rafael. Estudos formais e modelos computacionais da religião. In: USARSKI,
Frank (Org.). O espectro disciplinar da ciência da religião. São Paulo: Paulinas, 2007,
p. 232-257.
SILVEIRA, Emerson José Sena da. Uma metodologia para as ciências da religião?
Impasses metodológicos e novas possibilidades hermenêuticas. Paralellus: Revista de
Estudos da Religião da UNICAP, Recife, v. 7, n. 14, 2016, p. 73-98.
SMART, Roderick Ninian. The science of religion and the sociology of knowledge:
some methodological questions. Princeton: Princeton University, 1973.
________. Dimensions of the sacred: an anatomy of the world’s beliefs. Berkeley;
Los Angeles: University of California Press, 1996.
SMITH, Jonathan Z. Classification. In: BRAUN, Willi; McCUTCHEON, Russell
(Eds.). Guide to the study of religion. London: Continuum, 2000, p. 35-43.
SMITH, Wilfred Cantwell. Comparative Religion: whither – and why? In: ELIADE,
Mircea; KITAGAWA, Joseph (Eds.). The history of religion: essays in methodology.
Chicago: University of Chicago, 1959, p. 31-58.
STAUSBERG, Michael. Comparison. In: STAUSBERG, Michael; ENGLER, Steven (Eds.). The Routledge handbook of research methods in the study of religion. New York: Routledge, 2011, p. 21-39.
STAUSBERG, Michael; ENGLER, Steven (Eds.). The Routledge handbook of research methods in the study of religion. New York: Routledge, 2011.
TEIXEIRA, Anísio. Ensino superior no Brasil: análise e interpretação se sua evolução até 1969. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1989.
TIELE, Cornelis P. Religions. In: BAYNES, Thomas S (Ed.). Encyclopedia
Britannica, 9th edition. London: Encyclopedia Britannica, 1884, p. 358-371.
USARSKI, Frank. Constituintes da ciência da religião: cinco ensaios em prol de uma disciplina autônoma. São Paulo: Paulinas, 2006.
________. História da ciência da religião. In: PASSOS, João Décio; USARSKI, Frank (Orgs.). Compêndio de ciência da religião. São Paulo: Paulus; Paulinas, 2013. p. 51-62.
VÁSQUEZ, Manuel A. More than belief: a materialist theory of religion. Oxford; New York: Oxford University, 2011.
WAARDENBURG, Jacques. Classical approaches to the study of religion: aims, methods and theories of research. Berlim; New York: Walter de Gruyter, 1999 [1973].
WOODHEAD, Linda; HEELAS, Paul Lauchlan Faux. Religion in Modern Times: an interpretive anthology. Oxford: Blackwell, 2000.

Downloads

Publicado

2017-03-03

Como Citar

L. STERN, F. .; OLIVA DA COSTA, M. . Metodologias desenvolvidas pela genealogia intelectual da ciência da religião. Sacrilegens , [S. l.], v. 14, n. 1, p. 70–89, 2017. DOI: 10.34019/2237-6151.2017.v14.26967. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/sacrilegens/article/view/26967. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Temática Livre