Cuando el Peregrino Comulga con el Turismo: sobre la inclusión de una dimensión turismológica en la antropología del peregrinar
DOI:
https://doi.org/10.34019/2448-198X.2019.v5.13956Palavras-chave:
Turismo; Antropologia; Movilidade; Sagrado; Peregrinação.Resumo
Este texto procura mostrar como a abordagem antropológica das peregrinações passou a incorporar uma dimensão turismológica em seus modelos de análise, transcendendo a dicotomia ‘sagrado/profano’ onde turismo e peregrinação aparecem como práticas opostas e incompatíveis. Isso ficará evidente através da apresentação dos principais modelos com que a Antropologia tem abordado a instituição da peregrinação; uma prática espacial que devido às suas características tão particulares apresenta variados desafios tanto teóricos quanto metodológicos. A partir do modelo clássico e hegemônico, de Victor e Edith Turner, durante mais de uma década, no qual se entende o peregrinar como um fenômeno liminar y propiciador de antiestrutura ou communitas, se passará a modelos contemporâneos que vão além do âmbito do sagrado e fazem foco nas interfaces entre esta prática e outras dinâmicas de mobilidade como é o próprio turismo e tudo o que esta atividade implica. Ao contrário de entender as figuras do peregrino e do turista como diferentes e antagônicas, representando uma o sagrado e outra o profano, começa a ser levada cada vez mais em conta a ideia de que um mesmo sujeito pode ser peregrino e turista, ou que o peregrinar na atualidade além de comportar em grande medida uma dimensão sagrada inevitavelmente também leva consigo uma dimensão que remete a diversos fenômenos culturais vinculados ao consumo e ao lazer. Finalmente, apresenta-se alguns correlatos empíricos onde as suas abordagens resultaram emblemáticas a esta mudança de visão, procurando mostrar alguns aportes da Antropologia do Peregrinar para pensar as peregrinações desde os estudos turísticos.
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