Avaliação do crescimento de indivíduos com Anemia Falciforme
aspectos endócrinos e bioquímicos
Palavras-chave:
anemia falciforme, crescimento, IGF1Resumo
As manifestações fisiológicas da anemia falciforme (AF) geralmente começam na primeira infância por isso, com frequência, o peso e a estatura das crianças e dos adolescentes são menores quando comparados aos indivíduos sem a doença. Estudos com terapia de hidroxiuréia (HU) revelaram a ocorrência de crescimento normal e desenvolvimento puberal condizente com a faixa etária quando iniciada em uma idade muito jovem (menor que 2 anos). Entretanto, não há uma avaliação prospectiva formal da adesão ao tratamento e os dados a respeito dos que interromperam o uso da HU antes dos 15 anos são limitados. Objetivos: compreender o perfil de crescimento dos pacientes racêmicos; analisar a efetividade da terapiacom HU em reduzir os prejuízos no crescimento, na previsão de estatura final, no eixo GH/IGF1 e na deficiência do GH. Foi analisada uma coorte prospectiva com AF, com exame retrospectivo de prontuários, em acompanhamento regular noHemocentro de Governador Valadares da Hemominas, nascidos entre 1998 e 2014.
Fez-se entrevista clínica, exame físico e medidas antropométricas. Foram feitos exames bioquímicos como as dosagens de IGF1 e IGFBP3 para avaliar ação da HU no eixo GH/IGF. Radiografias de mão e punho para determinação da idade óssea (IO). 37,5% (n = 30) dos pacientes apresentavam Hb Fetal menor que 10%, sendo que o escore Z do IGF1 ajustado para a idade nesse grupo (-1,61) se encontrava menor que nos demais pacientes (-1,03) (teste T de Student) (p=0,013), sugerindo a importância dos fatores modificadores da AF no eixo GH/IGF1. A magnitude da diferença entre a média do escore Z da estatura dos pais ajustado para a idade de 19 anos e o escore Z da estatura da população pode servir com marcador de
desproporção entre a estatura dos pais e dos filhos. Como a média do valor em questão (-1,135±1,17) é negativa, supõe-se uma vantagem dos indivíduos avaliados em relação a seus pais, o que pode ser resultado dos avanços no tratamento. Porém, outro fator a ser considerado, é a correlação (teste de Pearson) (r= -0,28 - p=0,017) entre o escore Z do IGF1 ajustado para a idade com a diferença entre os escore Z da estatura dos pais e filhos, de maneira que uma maior diferença nessa variável está correlacionada a um maior comprometimento nos níveis plasmáticos de IGF1. Apoio: UFJF e FAPEMIG
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