OCORRÊNCIA DAS LEISHMANIOSES VISCERAL E TEGUMENTAR NA MACRORREGIÃO LESTE DE MINAS GERAIS, 2010 E 2021.
Keywords:
Leishmaniose Visceral, Leishmaniose Cutânea, Epidemiologia Descritiva, Sistemas de Informação em SaúdeAbstract
INTRODUÇÃO As leishmanioses são doenças infecciosas causadas por protozoários do gênero Leishmania que possuem manifestações clínica sistêmica (Leishmaniose Visceral - LV) e cutaneomucosa (Leishmaniose Tegumentar - LTA). Essas doenças são transmitidas ao homem pela picada das fêmeas do inseto vetor do gênero Lutzomyia, que vivem em ambientes silvestres e urbanos. OBJETIVO Descrever a morbimortalidade por Leishmaniose Visceral (LV) e da Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) na Macrorregião de Saúde Leste de Minas Gerais no período de 2010 a 2021.
METODOLOGIA Estudo observacional descritivo de números de internações e óbitos relacionados a Leishmaniose Visceral (LV) e Leishmaniose cutânea (LTA) obtidos pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e do Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS), do período de 01/01/2010 a 31/07/2021. Foram utilizados os indicadores de morbidade (taxa de incidência e detecção) e de mortalidade (mortalidade específica e letalidade hospitalar). RESULTADOS E DISCUSSÃO No período do estudo foram registrados 716 casos totais de leishmanioses, sendo 379 casos para LTA e 337 casos para LV. A taxa de detecção acumulada foi de 4,6 casos por 100 mil habitantes para a LTA, e em relação a LV, a taxa de incidência foi de 4,1 casos por 100 mil habitantes. Em relação à morbidade hospitalar foram registradas 111 internações por LTA e 194 para LV. Ao analisar os dados da leishmaniose visceral utilizando a variável sexo, os casos em homens (n=1089) foram quase 50% a mais do número de casos em mulheres (n=741) no período analisado. Na leishmaniose tegumentar, o número de casos em homens (n=310) foi cerca de 46% maior que em mulheres (n=211). CONSIDERAÇÕES FINAIS Evidencia-se a necessidade de que os gestores busquem métodos que ampliem a notificação dos sistemas de informações para que os indicadores epidemiológicos reflitam a situação local. Além disso, ressalta-se a necessidade de políticas públicas direcionadas às populações sabidamente mais vulneráveis, como indivíduos do sexo masculino e em pacientes com AIDS.
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