Reconhecimento de padrões moleculares, clínicos e imunológicos para criação de algoritmo da suscetibilidade e evolução clínica da hanseníase baseado em inteligência artificial
Keywords:
hanseníase, Inteligência artificial, diagnóstico precoceAbstract
A hanseníase é uma doença infecciosa causada pelo M. leprae. O Brasil é um dos países mais afetados e Gov. Valadares vem apresentando alta detecção ao longo dos anos, tornando-se um local ideal para estudar interações epidemiológicas e determinar padrões clínicos para o diagnóstico, que permanece baseado na observação de manifestações clinicamente relevantes o que demanda treinamento específico e certa experiência do profissional para evitar um diagnóstico equivocado. Os objetivos foram desenvolver um sistema computacional acessível, portátil e preciso para dar suporte ao diagnóstico da hanseníase. Por meio do Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN), foram coletados dados sobre casos de hanseníase entre 2001 e 2017, diagnosticados no município de Gov. Valadares, 3.368 casos para a análise de reconhecimento de padrões. O banco de dados não
apresentava qualquer identificação dos pacientes, sendo composto das seguintes variáveis: idade, sexo, número de lesões, modo de entrada, modo de detecção, baciloscopia, número de nervos afetados, forma clínica e classificação operacional da hanseníase. Foi aplicado a esse conjunto de dados um algoritmo de inteligência artificial (IA) chamado Random Forest, presente no software R, livremente disponível para prever a forma clínica em casos novos. A média de idade na notificação foi de 39 anos e 55,5% eram do sexo feminino, (46%) apresentaram apenas uma lesão no corpo, enquanto 20,2% apresentaram sete lesões. A maioria (68,7%) apresentou baciloscopia positiva e 73,5% não apresentaram nervos afetados. A forma clínica demonstrou-se distribuída em: 39,5% tuberculóide - 36,5% dimorfo - 15,8% indeterminado - e 8,2% virchowiano. A IA aplicada apresentou-se bastante robusta para a atribuição de formas clínicas segundo a classificação de Madrid, com um erro de classificação de 11,86%. A principal fonte de erro na atribuição da forma clínica por IA veio de casos indeterminados que, segundo o algoritmo são quase todos classificados como tuberculóide. Enfatiza-se a importância do emprego de mais testes para se efetuar diagnósticos e classificações mais precisos, bem como evitar possíveis equívocos frente a outras dermatoses. FAPEMIG, CAPES, SMS/GV.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2025 Lucia Alves De Oliveira Fraga, Rodrigo De Paiva Souza, Márcio Luís Moreira de Souza, Gabriel Ayres Lopes, Katiuscia Cardoso Rodrigues, Jessica Fairley

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
- Permite: Compartilhar e adaptar para qualquer propósito, exceto comercialmente.
- Requisitos: Atribuição, NonCommercial e ShareAlike (se você remixar, transformar ou criar a partir do material, deve distribuir suas contribuições sob a mesma licença que o original).