As expropriações da vida indígena no Brasil: uma análise biopolítica
DOI:
https://doi.org/10.34019/1982-1247.2023.v17.35183Palavras-chave:
Biopolítica, Colonialismo, Expropriações, Povos indígenas, Biopolitics, Colonialism, Expropriations, Indigenous peoples, Expropiaciones, Población indígenaResumo
A pesquisa objetivou dar visibilidade biopolítica às expropriações sobre a vida de indígenas brasileiros. Adotando como estratégia metodológica o estudo teórico e documental, na parte teórica traçam-se considerações sobre a noção de biopolítica e sua interface com o colonialismo. Na parte documental são apresentadas facetas das expropriações contra povos indígenas abordando-as em três dimensões: direito à vida, territorialidade e respeito à cultura. Conclui-se que a Psicologia Social depara-se com a responsabilidade ética e política de denunciar e combater tais expropriações, aliando-se à proteção da vida e do planeta.
Downloads
Referências
Almeida, S. (2018). O que é racismo estrutural. Belo Horizonte: Letramento.
Butler, J. (2016). Quadros de guerra: Quando a vida é passível de luto? Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
Castro, E. V. (2016). Metafísicas canibais. Elementos para uma antropologia pós- estrutural. São Paulo: Cosac Naify; N-1 Edições.
Cavalcante, L. T. C., & Oliveira, A. A. S. (2020). Métodos de revisão bibliográfica nos estudos científicos. Psicologia em Revista, 26(1), 83-102. doi: 10.5752/P.1678-9563.2020v26n1p82-100
Cellard, A. (2008). A análise documental. In J. Poupart, et al. A pesquisa qualitativa: enfoques epistemológicos e metodológicos. (p. 295-316). Petrópolis: Vozes.
CIMI - Conselho Indigenista Missionário (2019). Relatório: Violência contra os povos indígenas no Brasil. Recuperado de: https://cimi.org.br/wp-content/uploads/2020/10/relatorio-violencia-contra-os-povos-indigenas-brasil-2019-cimi.pdf.
Dussel, E. (2000). Ética da libertação. Petrópolis: Vozes.
Dussel, E. (2010). Meditações anticartezianas sobre a origem do antidiscurso filosófico da modernidade. In B. S. Santos, & M. P. Meneses. (Orgs). Epistemologias do sul. (p. 341-395). Petrópolis: Vozes.
Fassin, D. (2006). La biopolitique n’est pas une politique de la vie. Sociologie Et Sociétés, 38(2), 35-48. doi:10.7202/01637ar
Foucault, M. (1999). Em defesa da sociedade. São Paulo: Martins Fontes.
G1. (2018). Índios em reservas são como animais em zoológicos. Recuperado de: https://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/noticia/2018/11/30/indios-em-reservas-sao-como-animais-em-zoologicos-diz-bolsonaro.ghtml.
Haskaj, F. (2018). From biopower to necroeconomies: Neoliberalism, biopower and death economies. Philosophy and Social Criticism, 44(10), 1148-1168. doi:10.1177/0191453718772596.
Kopenawa, D., & Albert, B. (2015). A queda do céu: palavras de um xamã yanomami. São Paulo: Companhia das Letras.
Krenak, A. (2016). Culturas indígenas. Itaú Cultural. Recuperado de: www.itaucultural.org.br/ailton-krenak-culturas-indigenas-2016. Em 10/07/2019.
Krenak, A. (2020). Ideias para adiar o fim do mundo. Rio de Janeiro: Companhia das Letras.
Lander, E. (2005). A colonialidade do saber: Eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: Colección Sur-Sur, Clacso.
Lemkin, R. (1946). Le crime de génocide. Revue de Droit International, de Sciences Diplomatiques et Politiques, 24, 213-222. Recuperado de: http://www.preventgenocide.org/fr/lemkin/legenocide1946.htm.
Mbembe, A. (2017). Políticas da inimizade. Lisboa: Antígona.
Munduruku, D. (2004). Contos indígenas brasileiros. São Paulo: Global Editora.
Munduruku, D. (2011). Como surgiu: Mitos indígenas brasileiros. São Paulo. Callis Editora.
Quijano, A. (2010). Colonialidade do poder e classificação social. In B. S. Santos, & M. P. Meneses (Orgs). Epistemologias do sul. (p. 84-130). Petrópolis; Vozes.
Santos, B. S. (2010). Para além do pensamento abissal: Das linhas globais a uma ecologia de saberes. In B. S. Santos, & M. P. Meneses (Orgs.). Epistemologias do Sul. (p. 16-31). Petrópolis: Vozes.
Schwarcz, L. (2009) O espetáculo das raças: Cientistas, instituições e questão racial no Brasil 1870-1930. São Paulo: Companhia das Letras.
Veiga, J. (2004). Cosmologia Kaingang e suas práticas rituais. In K. Tommasino, L. T. Mota, & F. S. Noelli (Orgs). Novas contribuições aos estudos interdisciplinares dos Kaingangs. (p. 32-61). Londrina: Eduel.
Werá, K. (2016). Culturas indígenas. Itaú Cultural. Recuperado de: www.itaucultural.org.br/kaka-wera-culturas-indigenas-2016.