Racismo e ascensão social do negro na democracia brasileira
DOI:
https://doi.org/10.34019/1982-1247.2022.v16.32542Palavras-chave:
Racismo, Democracia, Relações raciais, PsicologiaResumo
O objetivo deste artigo é problematizar a ascensão social do sujeito negro como índice que confirma a existência do racismo no país e, ao mesmo tempo, aponta para um entrave na efetividade da construção democrática. Partimos de uma crítica ao mito da democracia racial, que fabrica modos de subjetivação caracterizados pela degradação e servilidade, para indicar a importância da inserção da Psicologia no debate sobre as relações raciais no país.
Downloads
Referências
Almeida, S. (2018). Racismo estrutural. São Paulo: Pólen.
Azevedo, A., & Colly, S. (2020). Pandemia do coronavírus acentua o racismo estrutural no Brasil. Carta Capital. Disponível em: https://www.cartacapital.com.br/opiniao/pandemia-do-coronavirus-acentua-o-racismo-estrutural-no-brasil/
Bento, M. (2014). Branqueamento e branquitude no Brasil. In I. Carone, & M. Bento (Orgs), Psicologia social do racismo: estudos sobre branquitude e branqueamento no Brasil (pp. 25-57). Petrópolis: Vozes.
Bicudo, V. (2010). Atitudes raciais de pretos e mulatos em São Paulo. São Paulo: Sociologia e Política. (Original publicado em 1938).
Conselho Federal de Psicologia. (2017). Relações raciais: referências técnicas para a atuação de psicólogas/os em questões raciais. Brasília: CFP.
Davis, A. (2016). Mulheres, classe e raça. São Paulo: Boitempo.
Deleuze, G. (1997). Crítica e clínica. São Paulo: Editora 34.
Fanon, F. (2008). Pele negra, máscaras brancas. Salvador: EDUFBA. (Original publicado em 1952).
Fernandes, F. (1972). O negro no mundo dos brancos. São Paulo: Difel.
Fernandes, F. (2008). A integração do negro na sociedade de classes: Ensaio de interpretação sociológica (vol. 1). Rio de Janeiro: Globo. (Original publicado em 1964).
Fernandes, F. (2016). Prefácio à edição brasileira. In A, Nascimento O genocídio do negro brasileiro: processo de um racismo mascarado (pp. 19-22). Rio de Janeiro: Paz e Terra. (Original publicado em 1978).
Foucault, M. (2007). Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal. (Original publicado em 1978).
Foucault, M. (1988). Tecnologías del yo: y otros textos afines. Buenos Aires: Paidós.
Freyre, G. (1969). Casa-grande & senzala. Lisboa: Livros do Brasil. (Original publicado em 1933).
Guatarri, F., & Rolnik, S. (1996). Cartografias do desejo. Petrópolis: Vozes.
Gomes, N. (2020). Apresentação à quinta edição. In K. Munanga, Rediscutindo a mestiçagem no Brasil: identidade nacional versus identidade negra (pp. 09-14). Belo Horizonte: Autêntica.
Gonzalez, L. (1982). A democracia racial: uma militância. Arte e ensaios, (38), 222-225. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/ae/article/view/27925
Guimarães, A. (2019). A democracia racial revisitada. Afro-Ásia. (60), 9-44. doi: 10.9771/aa.v0i60.36247
Guimarães, A. (2020). Revisitando a democracia racial. Ecoa. Disponível em: https://www.uol.com.br/ecoa/colunas/opiniao/2020/06/14/revisitando-a-democracia-racial.htm
Haraway, D. (2009). Saberes localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial. Cadernos Pagu, (5), 7-41. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/1773
Hasenbalg, C. (1982). Raça classe e mobilidade. In L. Gonzalez, & C. Hasenbalg, Lugar de negro (pp. 67-102). Rio de Janeiro: Marco Zero.
Mignolo, W. D. (2016). Colonialidade: o lado mais escuro da modernidade. Revista Brasileira de Ciências Sociais, 32(94), e329402. doi: 10.17666/329402/2017
Miguel, R. (2020). A onda de indignação contra o racismo se espalha por todo o mundo. El Pais. Disponível em: https://brasil.elpais.com/internacional/2020-06-07/reino-unido-protagoniza-os-protestos-mais-intensos-da-onda-global-contra-o-racismo.html
Morrison, T. (2019). A fonte da autoestima. São Paulo: Companhia das letras.
Munanga, K. (1996). As facetas de um racismo silenciado. In R. Queiroz, & L. Schwarcz (Orgs.), Raça e diversidade (pp. 2012-229). São Paulo: EDUSP.
Munanga, K. (2010). Nosso racismo é um crime perfeito. Fundação Perseu Abramo. Disponível em: https://fpabramo.org.br/2010/09/08/nosso-racismo-e-um-crime-perfeito-entrevista-com-kabengele-munan
Munanga, K. (2014). Prefácio. In I. Carone, & M. Bento (Orgs), Psicologia social do racismo: estudos sobre branquitude e branqueamento no Brasil (pp. 9-11). Petrópolis: Vozes.
Munanga, K. (2020). Rediscutindo a mestiçagem no Brasil: identidade nacional versus identidade negra. Belo Horizonte: Autêntica.
Nascimento, A. (1978). O genocídio do negro brasileiro: processo de um racismo mascarado. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
Nogueira, O. (1955). Relações raciais no munícipio de Itapetinga. In R. Bastide, & F. Fernandes, Relações raciais entre negros e brancos em São Paulo (pp. 362-553). São Paulo: Anhembi.
Nunes, S. (2010). Racismo contra negros: um estudo sobre o preconceito sutil. (Tese de doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo, SP. Disponível em: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-27072010-082636/publico/nunes_do.pdf.
Piza, E. (2014). Porta de vidro: entrada para a branquitude. In I. Carone, &M. Bento (Orgs), Psicologia social do racismo: estudos sobre branquitude e branqueamento no Brasil (pp. 59-90). Petrópolis: Vozes.
Ramos, G. (1995). Introdução crítica a sociologia brasileira. Rio de Janeiro: UFRJ. (original publicado em 1957).
Santos, G. (2009). Relações raciais e desigualdade no Brasil. São Paulo: Selo Negro.
Santos, A. de. O. dos., Schucman, L. V., & Martins, H. V. (2012). Breve histórico do pensamento psicológico brasileiro sobre relações étnico-raciais. Psicologia: Ciência e Profissão, 32(spe), 166-175. doi: 10.1590/S1414-98932012000500012
Schwarcz, L. (2012). Nem preto nem branco, muito pelo contrário: cor e raça na sociabilidade brasileira. São Paulo: Companhia das Letras.
Souza, J. (2019). A elite do atraso: da escravidão a Bolsonaro. Rio de Janeiro: Estação Brasil.
Souza, N. (1990). Tornar-se negro ou as vicissitudes da identidade do negro em ascensão social. Rio de Janeiro: Graal.