Superando o cérebro: Andy Clark e a cognição corporeada

Autores

DOI:

https://doi.org/10.34019/1982-1247.2022.v16.31536

Palavras-chave:

Cognição Corporeada, Andy Clark, Filosofia da mente, Mente-corpo, Psicologia do Desenvolvimento

Resumo

O ensaio discute o conceito de cognição corporeada, de Andy Clark, e sua relação com a questão mente-corpo. Objetiva-se definir o conceito, temáticas com que conversa e como propõe novas alternativas teóricas para a questão, trazendo suas influências teóricas e, então, discutir como o cérebro, a cognição, o corpo e suas relações são localizadas nessa perspectiva. Compara-se o conceito com outras teorias cognitivas; terminando a exposição, discorrendo-se acerca da possibilidade de se incorporar esse enquadre teórico às Ciências Cognitivas, psicologia e psicanálise, discutindo-se, também, os limites e as potencialidades desse conceito para uma concepção renovada de desenvolvimento cognitivo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Igor Marques-Santos, Universidade de São Paulo (USP)

Psicólogo pela Universidade de São Paulo. Mestrando em Psicologia Experimental no Instituto de Psicologia da
Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.

Briseida Resende, Universidade de São Paulo (USP)

Professora Dra. Livre-docente em Psicologia Experimental e docente no Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo desde 2010, São Paulo, SP, Brasil

Referências

Ades, C. (1993). Por uma história natural da memória. Psicologia USP, 4(1/2), 25-47. doi:10.1590/S1678-51771993000100003

Ballard, D. H., Hayhoe, M. M., Pook, P. K., & Rao, R. P. (1997). Deictic codes for the embodiment of cognition. Behavioral and Brain Sciences, 20(4), 723–767. doi:10.1017/S0140525X97001611

Ballesteros, A., & Resende, B. D. (2015). Mente e cognição: Um convite ao ceticismo e admiração. In B. D. Resende, M. C. Lima-Hernandes, F. V. de Paula, M. Módolo, S. Caetano (Orgs), Linguagem e cognição: Um diálogo interdisciplinar (pp. 41-64). Lecce e Rovato, Itália: Pensa MultiMedia Editore.

Barrett, L. F. (2011). Constructing emotion. Psychological Topics, 20(3), 359-380. Recuperado de https://hrcak.srce.hr/index.php?show=clanak&id_clanak_jezik=116997

Brooks, R. A. (1991). Intelligence without Representation. Artificial Intelligence 47(1), 139–159. doi: 10.1016/0004-3702(91)90053-M Bunge, M. (1980). The mind-body problem: A psychobiological approach. Oxford: Pergamon Press.

Clark, A. (1995). I am John’s Brain. Journal of Consciousness Studies, 2(2), 144-8. doi:10.1017/S1477175608000134

Clark, A. (1997). Being there: Putting brain, body, and world together again. Bradford Book. Cambridge, Massachusetts, London: The MIT Press.

Clark, A. (1998). Where brain, body and world collide. Daedalus: Journal of the American Academy of Arts and Sciences, 172(2), 257-280.

Clark, A. (1999). Embodiment: From fish to fantasy. Trends in Cognitive Sciences, 3(9), 345-351. Recuperado de https://era.ed.ac.uk/handle/1842/1296

Clark, A. (2003). Artificial intelligence and the many faces of reason. In S. P. Stich, & T. A. Warfield. The blackwell guide to philosophy of mind. Recuperado de http://www.philosophy.ed.ac.uk/people/ clark/pubs/AIandFacesofReason.pdf

Clark, A. (2016). Busting out: Predictive brains, embodied minds, and the puzzle of the evidentiary veil. Noûs. 50(1), 20-37. doi:10.1111/nous.12140

Clark, A. & Grush, R. (1999). Towards a cognitive robotics. Adaptative Behavior, 7(1), 5-16. Recuperado de http://www.philosophy.ed.ac.uk/people/clark/pubs/tacrfinalw-Grush.pdf

Eigsti, I. M. (2013). A review of embodiment in autism spectrum disorders. Frontiers in Psychology, 2(224), 1-10. doi:10.3389/fpsyg.2013.00224

Flynn, E. G., Kendal, J. R., Kendal, R. L., & Laland, K. N. (2013). Developmental niche construction. Developmental Science, 16(2), 296-313. doi:10.1111/desc.12030

Fodor, J. A. (1981). The mind–body problem. Scientific American, 244(1), 114–123. doi:10.1038/scientificamerican0181-114

Gallese, V. (2005). Embodied simulation: From neurons to phenomenal experience. Phenomenology and the Cognitive Sciences, 4(1), 23-48. doi:10.1007/s11097-005-4737-z

Gibson, J. J. (1979). The ecological approach to visual perception. Boston: Houghton Mifflin Company.

Gibson, E. J., & Pick, A. D. (2000). An ecological approach to perceptual learning and development. New York: Oxford University Press.

Gjelsvik B., Lovric D., & Williams, J. M. G. (2014). Embodied cognition and emotional disorders: Embodiment and abstraction in understanding depression. Psychopathology Review, 2(1), 1-50. doi:10.5127/pr.035714

Hutchins, E., & Kirsh, D. (2000). Distributed cognition: Toward a new foundation for human-computer interaction research. ACM Transactions on Computer-Human Interaction, 7(2), 174-196. doi:10.1145/353485.353487

Klein, M. (1991). Notas sobre alguns mecanismos esquizoides. In M. Klein, Inveja e gratidão e outros trabalhos (pp. 17-43). Rio de Janeiro: Imago (Trabalho original publicado em 1946).

Lockman, J. J. (2000). A perception-action perspective on tool use development. Child Development, 71(1), 137-144. doi:10.1111/1467-8624.00127

Mandelbaum, B. (2010). Trabalhos com famílias em psicologia social. (Tese de Livre Docência não publicada) Universidade de São Paulo, Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social. Recuperado de https://teses.usp.br/teses/disponiveis/livredocencia/47/tde-18022013-083442/publico//mandelbaum_ld.pdf

Merleau-Ponty, M. (2013). Chapitre premier. Le comportement réflexe. In M. Merleau-Ponty, La structure du comportement (pp. 5-73). Paris: Presses Universitaires de France.

Oyama, S., Griffiths, P. E, & Gray, R. D. (2003). Cycles of contingency: Developmental systems and evolution. Estados Unidos: MIT Press.

Resende, B. (2019a). Infants’ characteristics and skills: Dissolving the nature/nurture dichotomy. Trends in Psychology, 27(1), 99-111. doi:10.9788/tp2018.4-08

Resende, B. (2019b). Etologia, cognição e sistemas em desenvolvimento. (Tese de livre-docência) Universidade de São Paulo, Programa de Pós-Graudação em Psicologia Experimental. Recuperado de https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5371044/mod_resource/content/1/tese%20livre-doce%CC%82ncia%20Resende%20dez2019.pdf

Ryle, G. (2005). El concepto de lo mental. Barcelona: Paidós.

Smith, L. B., & Thelen, E. (2003). Development as a dynamic system. Trends in Cognitive Sciences, 7(8), 343-348. doi:10.1016/S1364-6613(03)00156-6

Thelen, E. (2002). Self-organization in developmental processes: Can systems approaches work? In R. O. Gilmore, M. H. Johnson, & Y. Munakata. brain development and cognition: A reader (pp. 336-374). Oxford: Blackwell Publishers.

Waal, F. B.de, & Ferrari, P. F. (2010). Towards a bottom-up perspective on animal and human cognition. Trends in Cogitive Science, 14(5), 201-207. doi:10.1016/j.tics.2010.03.003

Downloads

Publicado

2022-03-17