Discriminação de velocidades de veículos por observadores parados

Autores

DOI:

https://doi.org/10.34019/1982-1247.2020.v14.30399

Resumo

A percepção de movimento é objeto de estudo da psicofísica, entretanto há poucos estudos em situações naturalísticas ou que utilizam veículos reais. Investigamos como as pessoas percebem a velocidade de veículos em situações naturais. Observadores estáticos foram solicitados a determinar a velocidade de um veículo real em movimento. Os resultados demonstraram acurácia nas estimativas das velocidades dos veículos, independente do sexo do participante e de possuir ou não habilitação. O expoente da função-potência associado a esta dimensão foi de 1,31, mostrando tendência à superestimativa com o aumento da velocidade física, indicando que não há linearidade na percepção de velocidades de veículos por observadores estáticos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Araújo, A. R. M. (2014). Fatores Sensoriais Visuais que Influenciam o Dimensionamento Subjetivo na Percepção de Tamanho: Um Estudo de Escalonamento Psicofísico. Dissertação de Mestrado, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP.
Baird, J. C. (1997). Complementarity Principle. In J. C. Baird (Ed.),Sensation and Judgment: Complementarity Theory of Psychophysics (pp. 1 – 9). New Jersey: Lawrence Erlbaum Associantes.
Costa, A. M. P. C. (2011). Escalas psicométricas e propriedade escalar na percepção de velocidade em pombos. Dissertação de Mestrado, Universidade do Minho, Braga, Portugal.
Da Silva, J. A. (1985). Processos psicofisiológicos subjacentes à função de potência: uma crítica à psicofísica de Stevens. Arquivo Brasileiro de Psicologia, 38(4), 3 – 21.
Da Silva, J. A. & Macedo, L. (1982). A função-potência na percepção – significado e procedimentos de cálculo do expoente. Arquivo Brasileiro de Psicologia, 24(4), 27 – 45.
Dittrich, W. H. & Lea, S. (2001). Motion discrimination and recognition. In R. Cook (Ed.), Avian visual cognition [online]. Disponível em: www.pigeon.psy.tufts.edu/avc/dittrich/.
Goldstein, E. B. (2007). Perceiving motion. In E. B. Goldstein (Eds.), Sensation and Perception (pp. 177 – 200). Belmont: Wadsworth.
Gomes, L. F. O. & Tavares, J. M. R. S. (2011).Percepção Humana na Visualização de Grandes Volumes de Dados, CIBEM10, OPORTO, Portugal.
Lappin, J. S.; Bell, H. H.; Harm, O. J. & Kottas, B. (1975).On the Relation Between Time and Space in the Visual Discrimination of Velocity. Journal of Experimental Psychology: Human Perception and Performance, 1(4), 383 – 394.
Milosevic, S. &Milic, J. (1990). Speed Perception in Road Curves. Journal of Safety Research, 21, 19 – 23.
Mors, P. M. (2008). Alguns comentários sobre a linguagem em livros de física básica. Revista Brasileira de Ensino de Física, 30(2), 2101.
Nakayama, K. (1985). Biological image motion processing: a review. Vision Research, 25(5), 625 – 660.
Raghuram, A.; Lakshminarayanan, V. &Khanna, R. (2005).Psychophysical estimation of speed discrimination. II. Aging effects. Journal of the Optical Society of America, 22(10), 2269 – 2280.
Runeson, S. (1974).Constant Velocity – Not Perceived as Such. Psychology Research, 37, 3 – 23.
Schutz, A. C.; Billino, J.; Bodrogi, P.; Polin, D.; Khanh, T. Q. & Gegenfurtner, K. R. (2015). Robust Underestimation of Speed During Driving: A Field Study. Perception, 44(12), 1356 – 1370.
Scialfa, C. T.; Guzy, L. T.; Leibowitz, H. W.; Garvey, P. M. &Tyrrel, R. A. (1991). Age diferences in estimating vehicle velocity. Psychology and Aging, 6(1), 60 – 66.
Stone, L. S. & Thompson, P. (1992).Human Speed Perception is Contrast Dependent. Vision Research, 32(8), 1535 – 1549.
Wurtz, R. H. & Kandel, E. R. (2000).Central Visual Pathways. In E. C. Kandel. J. Schwartz & T. Jessel (Eds), Principles of Neural Science, (4 ed., pp. 523 – 547). New York: McGraw-Hill.

Downloads

Publicado

2020-10-24

Edição

Seção

Número Temático Cérebro & Mente: Reflexões e Processos Psicológicos Básicos