Os Equívocos e Acertos da Campanha “Não à Medicalização da Vida”
DOI:
https://doi.org/10.24879/201300700100250Palavras-chave:
Medicalização, transtornos de aprendizagem, transtorno do déficit de atenção e hiperatividadeResumo
A Campanha “Não à Medicalização da Vida”, organizada pelo Conselho Federal de Psicologia, critica contundentemente a identificação e tratamentode crianças com transtornos de aprendizagem e com o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade. Isso gerou uma resposta imediata de
entidades ligadas à psiquiatria, neurociências e neuropsicologia. O propósito deste artigo foi explicar o que a Campanha entende por medicalização e
apresentar seus argumentos contra essa prática (o argumento da falta de objetividade científica, da pressão da indústria farmacêutica, da estigmatização
e dos efeitos indesejados). A análise desses argumentos conclui que todos eles são falhos e que a campanha mistura uma preocupação terapêutica
legítima em relação à medicação excessiva e mal-informada (uso não-racional) com suposições incompatíveis com a ciência.
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