Redução de danos na visão dos profissionais que atuam no CAPS AD II do Distrito Federal

Autores

  • Glacy Daiane Barbosa Calassa Centro de Atenção Psicossocial para Álcool e outras Drogas, Secretaria de Saúde do Distrito Federal
  • Maria Paraecida Penso Escola de Saúde, Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Psicologia, Universidade Católica de Brasília
  • Lêda Gonçalves de Freitas Escola de Saúde, Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Psicologia, Universidade Católica de Brasília

DOI:

https://doi.org/10.24879/2015009002007

Resumo

Este artigo discute, na perspectiva dos Direitos Humanos, como os profissionais dos CAPS AD II do Distrito Federal compreendem a Redução de Danos e como essa prática se efetiva. A fundamentação teórica se baseou na Reforma Psiquiátrica e nas políticas públicas sobre o tratamento a usuários de drogas. Para isso, realizou-se uma pesquisa qualitativa, utilizando entrevistas semiestruturadas com 19 profissionais. As informações foram tratadas por meio do software IRaMuTeQ® e examinadas segundo a análise de conteúdo de Bardin (2011). Os resultados apontaram que, apesar de os profissionais conhecerem estratégias relacionadas à Redução de Danos, suas práticas não respeitam as escolhas do sujeito, violando os princípios da liberdade individual e dos Direitos Humanos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Amarante, P. (1998). Loucos Pela Vida: A Trajetória
da Reforma Psiquiátrica no Brasil (2a ed.). Rio de
Janeiro: Fiocruz.
Andrade, T. M. de. (2011). Reflexões sobre políticas
de drogas no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva,
16(12), 4665-4674. doi:10.1590/S1413-
81232011001300015
Bardin, L. (2011). Análise de conteúdo (70th ed.).
São Paulo.
Brasil. Comitê Nacional de Educação em Direitos
Humanos. (2007). Plano Nacional de Educação em
Direitos Humanos. Brasília: Secretaria Especial dos
Direitos Humanos; Ministério da Educação.
Brasil. Ministério da Justiça. Secretaria Nacional de
Políticas sobre Drogas. (2010). Legislação e Políticas
Públicas sobre Drogas no Brasil. Brasília: Ministério
da Justiça.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção
à Saúde. DAPE. Coordenação Geral de Saúde
Mental. (2005). Reforma psiquiátrica e política de
saúde mental no Brasil. Documento apresentado à
Conferência Regional de Reforma dos Serviços de
Saúde Mental: 15 anos depois de Caracas. OPAS.
Brasília: Ministério da Saúde.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção
à Saúde. Política Nacional de Humanização
da Atenção e Gestão do SUS. (2009). O
HumanizaSUS na atenção básica. Brasília:
Ministério da Saúde. Recuperado de: http://
bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/humaniza_
sus_atencao_basica.pdf
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria Executiva.
Coordenação Nacional de DST e AIDS. (2003).
A Política do Ministério da Saúde para atenção
integral a usuários de álcool e outras drogas.
Brasília: Ministério da Saúde. Recuperado de:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/pns_
alcool_drogas.pdfBrasil. Ministério da Saúde. Secretaria Nacional de
Programas Especiais de Saúde. (1987). I Conferência
Nacional de Saúde Mental: relatório final. Brasília:
Centro de Documentação do Ministério da Saúde.
Recuperado de: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/
publicacoes/0206cnsm_relat_final.pdf
Brasil. Presidência da República. (1988). Constituição
da República Federativa do Brasil de 1988.
Recuperado de: http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
Bucher, R. (1992). Drogas e drogadição no Brasil.
Porto Alegre: Artes Médicas.
Camargo, B. V., Bousfield, A. B. da S., Giacomozzi, A.
I., & Koelzer, L. P. (2014). Representações sociais
e adesão ao tratamento antirretroviral. Liberabit,
20(2), 229-238.
Camargo, B. V., & Justo, A. M. (2013a). Iramuteq:
Tutorial para uso do software de análise textual
IRaMuTeQ. Santa Catarina: Laboratório de
Psicologia Social da Comunicação e Cognição –
LACCOS/Universidade Federal de Santa
Catarina. Recuperado de: http://www.iramuteq.
org/documentation/fichiers/tutoriel-en-portugais
Camargo, B. V., & Justo, A. M. (2013b). IRaMuTeQ:
Um software gratuito para análise de dados
textuais. Temas Em Psicologia, 21(2), 513-518.
doi:10.9788/TP2013.2-16
Davis, A. K., & Rosenberg, H. (2013). Acceptance of
non-abstinence goals by addiction professionals in
the United States. Psychology of Addictive Behaviors:
Journal of the Society of Psychologists in Addictive
Behaviors, 27(4), 1102-1109. doi:10.1037/a0030563
De Oliveira, E. (2005). O desafio de assistir aos pacientes
com transtornos decorrentes de uso prejudicial e/ou
dependências de álcool e outras drogas, Dissertação
de Mestrado, Universidade de São Paulo, São
Paulo. Recuperado de: http://www.teses.usp.br/
teses/disponiveis/7/7134/tde-07122006-152446/
pt-br.php
Demo, P. (2012). Pesquisa e informação qualitativa (5a
ed.). Campinas: Papirus.
Fonsêca, C. J. B. da. (2012). Conhecendo a redução
de danos enquanto uma proposta ética. Psicologia
& Saberes, 1(1), 11-36. Recuperado de: http://
revistas.cesmac.edu.br/index.php/psicologia/
article/view/42/21
Goldenberg, M. (2007). A arte de pesquisar: como
fazer pesquisa qualitativa em Ciências Sociais (10a
ed.). Rio de Janeiro: Record.
Melo Júnior, R. V. (2011). Redução de danos e o
saber-fazer de profissionais de um CAPS ad emNatal-RN, Dissertação de Mestrado, Universidade
Federal do Rio Grande do Norte, Natal.
Recuperado de: https://repositorio.ufrn.br/jspui/
bitstream/123456789/14737/1/RaimundoVMJ_
DISSERT.pdf
Moraes, A. de. (2003). Direito constitucional (13a ed.).
São Paulo: Atlas.
ONU. (1948). Declaração Universal dos Direitos
Humanos. Paris: Organização das Nações Unidas.
Recuperado de: http://www.dudh.org.br/wpcontent/
uploads/2014/12/dudh.pdf
Parthasarathy, S., Chi, F. W., Mertens, J. R., &
Weisner, C. (2012). The role of continuing care in
9-year cost trajectories of patients with intakes into
an outpatient alcohol and drug treatment program.
Medical Care, 50(6), 540-546. doi:10.1097/
MLR.0b013e318245a66b
Passos, E. H., & Souza, T. P. (2011). Redução de
danos e saúde pública: construções alternativas à
política global de “guerra às drogas”. Psicologia &
Sociedade, 23(1), 154-162. doi:10.1590/S0102-
71822011000100017
Pinho, H. (2009). Os desafios na atenção aos usuários
de álcool e outras drogas e a reabilitação psicossocial,
Dissertação de Mestrado,,Universidade de São
Paulo, São Paulo.
Richardson, R. J., Peres, J. A. de S., Wanderley, J.
C. V., Correia, L. M. & Peres, M. de H. de M.
(2012). Pesquisa social: métodos e técnicas (3a ed.).
São Paulo: Atlas.
Rossi, A. (2006). Ampliando o conceito de redução
do dano? Uma visão desde a América Latina.
Cadernos de Ciências Humanas - Especiaria,
9(15), 33-57. Recuperado de: http://www.uesc.
br/revistas/especiarias/ed15/15_2_ampliando_o_
conceito_de_reducao_de_danos.pdf
Rotelli, F., Leonardis, O. de & Mauri, D. (2001).
Desinstitucionalização, uma outra via. A reforma
psiquiátrica italiana no contexto da Europa
Ociental e dos “ países avançados”. In: Nicácio, M.
F. (Org.), Desinstutucionalização (2a ed., p. 112).
São Paulo: HUCITEC.
Santos, E. V. (2014). Representações sociais da estética
negra: um estudo sobre padrões de beleza e relações
interétnicas, Dissertação de Mestrado, Universidade
Federal de Sergipe.
Silva, J. P. da. (2014). Representações sociais da
hipertensão arterial sistêmica e relação com práticas
de controle da doença, Dissertação de Mestrado,
Universidade Federal de Santa Catarina,
Florianópolis.Silveira, D. X. da. (2008). Reflexões sobre a prevenção
do uso indevido de drogas. In: Niel, M. & Silveira,
D. X. da (Orgs.), Drogas e redução de danos: uma
cartilha para profissionais de saúde (1a ed., p. 96).
São Paulo: UNIFESP.
Lelliott, P., Tulloch S., Boardman, J., Harvey S.,
Henderson M. & Knapp, M. (2008). Mental Health
and Work. London: Royal College of Psychiatrists.
Recuperado de: https://www.gov.uk/government/
uploads/system/uploads/attachment_data/
file/212266/hwwb-mental-health-and-work.pdf

Downloads

Publicado

2016-10-25

Edição

Seção

Artigos