Usuários com crise hipertensiva triados pelo Sistema Manchester de Classificação de Risco em unidade de pronto atendimento
DOI:
https://doi.org/10.34019/2179-3700.2019.v19.29896Palabras clave:
Hipertensão, Serviços médicos de emergência, Enfermagem, Pesquisa em enfermagemResumen
Introdução: O Sistema Manchester de Classificação de Risco é composto por fluxogramas com sinais e sintomas que possibilitam a classificação de risco, direcionando a priorização do atendimento médico. Não existe um fluxograma específico para a abordagem do usuário com crise hipertensiva, sendo utilizados os fluxogramas cujos sinais e sintomas são gerais e mais comumente encontrados em indivíduos em situações de urgência e emergência hipertensiva. Objetivo: identificar características clínicas de indivíduos com crise hipertensiva triados pelo Sistema Manchester de Classificação de risco em Unidade de Pronto Atendimento. Métodos: estudo descritivo, exploratório, com dados secundários, realizado com prontuários de indivíduos atendidos em Unidade de Pronto Atendimento no ano de 2014. A coleta foi realizada em 2015, sendo incluídos 370 prontuários de adultos e idosos com registro de pressão diastólica ≥ 120 mmHg, que caracteriza crise hipertensiva. Os dados foram organizados em planilhas do Microsoft Excel® e analisados pelo programa Statistical Analysis System (SAS) versão 9.4. Na análise descritiva, foram calculadas frequências e porcentagens, médias e desvio-padrão. Para comparar as características dos usuários em situação de urgência e emergência hipertensiva utilizou-se o teste “t” de Student para as variáveis quantitativas e o teste do qui-quadrado para estudar associações entre as variáveis qualitativas. Um valor de p<0,05 foi considerado estatisticamente significante. Os resultados foram apresentados em tabelas. Resultados: a distribuição de crise hipertensiva foi mais incidente na faixa etária de 41 a 60 anos (52,4%). A emergência hipertensiva somou 5,14% do total de casos de crise hipertensiva, sendo que dentre estes a maioria dos indivíduos apresentou lesões cardíacas. As mulheres somaram 31,58% dos casos de emergência e os homens 68,42%. Considerando-se a totalidade de casos de crise hipertensiva, o valor médio da pressão arterial foi de 199,80/127,08 mmHg. As manifestações clínicas mal-estar, cefaleia e dor torácica mostraram-se estatisticamente significantes quando comparados os casos de urgência e emergência hipertensiva. Quando associada a ocorrência de crise hipertensiva com sexo, idade e valores pressóricos do usuário, os resultados apontaram similaridade com estudos semelhantes encontrados na literatura. Conclusão: os resultados desta investigação apresentam relevância para o enfermeiro responsável pelo acolhimento com classificação de risco, em unidades de pronto atendimento, na medida em que alertam para a importância de considerar os valores pressóricos e as manifestações clínicas que indicam crise hipertensiva no momento da triagem. Conhecer as características clínicas do indivíduo com crise hipertensiva poderá subsidiar este profissional para adequar a classificação de risco à gravidade dessa condição clínica nesse serviço.
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