Detetives do Prédio Azul em: notas sobre imaginação, criação e apropriação lúdica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.34019/1981-4070.2024.v18.41470

Palavras-chave:

Apropriação lúdica, Conteúdo audiovisual infantil, Processos de criação, Roteiro, Detetives do Prédio Azul

Resumo

O artigo busca evidenciar as relações possíveis entre imaginação, criação e apropriação lúdica pelo público infantil diante de narrativas midiáticas. Para tanto, analisamos as possibilidades de relação, inter-relação e cocriação do círculo mágico (Huizinga, 2001) aberto pela série Detetives do Prédio Azul (Gloob, 2012) em contínuo diálogo com seu público-alvo. Quanto à metodologia, o trabalho realiza uma análise descritiva, interpretativa e crítica (Vanoye; Goliot-Lété, 1994), que deixa à mostra as relações aqui pretendidas, partindo de um breve relato para, então, adentrarmos a discussão a partir de um vasto e rico referencial teórico que suporte a análise desta produção. Por fim, ao conciliar saberes oriundos de estudos da cultura, dos games e da experiência lúdica (Ferreira, 2020; Kishimoto, 2002), ao campo da psicologia (Brougère, 1998; Vigotski, 2018), das culturas das mídias e suas mediações (Setton, 2010; Martín-Barbero, 1997) e estudos relacionados ao brincar advindos da gramática da fantasia (Rodari, 2021), notamos que, no contexto do conteúdo analisado, tanto criadores quanto seu próprio público-alvo alimentam e retroalimentam o círculo mágico no qual estão inseridos a partir de um processo múltiplo de imaginação, criação e apropriação lúdica possibilitado pela própria narrativa.

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Biografia do Autor

Arthur Fiel, Universidade Federal do Espírito Santo

Professor Adjunto do Departamento de Comunicação e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Territorialidades (PÓSCOM) da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Doutor em Comunicação (PPGCOM), bacharel e mestre em Cinema e Audiovisual (PPGCINE) pela Universidade Federal Fluminense. 

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Publicado

2024-04-30

Como Citar

FIEL, A. Detetives do Prédio Azul em: notas sobre imaginação, criação e apropriação lúdica. Lumina, [S. l.], v. 18, n. 1, p. 195–211, 2024. DOI: 10.34019/1981-4070.2024.v18.41470. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/article/view/41470. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Artigos