Sobre homens e heróis: Batman, ano um
DOI:
https://doi.org/10.34019/1981-4070.2024.v18.44364Palabras clave:
Masculinidades, História em quadrinhos, Batman, Hegemonia masculina, Pedagogia dos quadrinhosResumen
O artigo analisa as diferentes masculinidades presentes no quadrinho Batman, ano um (2011), do roteirista Frank Miller e do ilustrador David Mazzucchelli. Cruza-se esse conceito com as posições de masculinidade exercidas pelos protagonistas da obra, desdobrando-se a investigação nos seguintes itens: a) introdução da construção de masculinidades nos quadrinhos de super-heróis de origem estadunidense; b) análise das masculinidades exercidas pelos protagonistas da história em estudo; c) a presença da masculinidade hegemônica na construção de Bruce Wayne, seu alter ego Batman e a influência que esse protagonista exerce em outros personagens. Reflete-se sobre o desenvolvimento dos personagens masculinos ao longo da trama analisada, aventando o caráter pedagógico do quadrinho em foco e a possibilidade de esta obra insuflar seus leitores a consumirem masculinidades outras, como aqui apresentadas. Conclui-se que aspectos como as ações violentas do personagem central, recorrentemente por ele exercidas e veiculadas nos meios de comunicação de Gotham City, ao longo da história analisada, contribuem para determinar uma hegemonia masculina sobre seus opositores e estabelecer um paradigma a ser emulado e contra-atacado, mesmo que enaltecido pelas autoridades e população, a suscitar uma escalada infindável de violência contra e em defesa da justiça.
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