Vulneráveis ou vítimas? A experiência das redes de luta antimanicomial em Belo Horizonte e a construção relacional de biopotências
DOI:
https://doi.org/10.34019/1981-4070.2018.v12.21526Palabras clave:
vulnerabilidade, vítima, sofrimento mental, biopotência, comum.Resumen
O presente artigo procura apresentar uma reflexão em duas frentes acerca dos modos de existência, vulnerabilidades e resistências que atravessam as experiências, interações e processos comunicativos de sujeitos e sujeitas em sofrimento mental no contexto da cidade de Belo Horizonte (MG). Primeiramente, a noção de vulnerabilidades é contraposta à ideia de vítima passiva, destacando-se o seu enraizamento nos conflitos sociais e na construção relacional da autonomia, à luz dos modos de expressão política do coletivo Associação dos Usuários de Saúde Mental de Minas Gerais (ASSUSAM-MG). Em um segundo momento, procura-se verificar em que sentido vulnerabilidades atuam na criação e invenção de narrativas, corporeidades, redes de aliança e modos de auto-determinação político-expressivas que emergem no contexto de luta antimanicomial, possibilitado pela Associação.
Descargas
Citas
ANDERSON, J.; HONNETH, A. Vulnerabilidade, Reconhecimento e Justiça. Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade, n. 17, p. 81–112, 2011. Disponível em: < http://www.revistas.usp.br/filosofiaalema/article/view/64839>. Acesso em: 4 ago. 2018.
BARBOSA, G. C.; COSTA, T. G.; MORENO, V. Movimento da luta antimanicomial: trajetória, avanços e desafios. Cad. Bras. Saúde Mental, v. 4, n. 8, p. 45–50, 2012. Disponível em: < http://incubadora.periodicos.ufsc.br/index.php/cbsm/article/view/2017>. Acesso em: 4 ago. 2018.
BRAGA, José Luiz. Interagindo com Foucault. Os arranjos disposicionais e a Comunicação. In: XXVII Encontro Anual da Compós, 2018, Belo Horizonte (MG). Anais... Belo Horizonte (MG): Compós, 2018. Disponível em: <http://www.compos.org.br/data/arquivos_2018/trabalhos_arquivo_TUYEGGUY90CMV19NHPB9_27_6300_08_02_2018_10_58_00.pdf>. Acesso em: 4 ago. 2018.
BUTLER, J. Precarious Life. London: Verso, 2004.
______. Quadros de guerra: quando a vida é passível de luto? Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2015a.
______. Notes toward a performative theory of assembly. Cambridge: Harvard University Press, 2015b.
COLE, A. All of us are vulnerable, but some are more vulnerable than others: the political ambiguity of vulnerability studies, an ambivalent critique. Critical Horizons, v.17, n.2, 2016, p.260-277. Disponível em : < https://bit.ly/2n17CUR> . Acesso em : 4 ago. 2018.
FASSIN, D. Souffrir par le social, gouverner par l’écoute: une configuration sémantique de l’action publique. Politix, v.19, n.73, p.37-157. 2006. Disponível em: < https://bit.ly/2Aw3dmv>. Acesso em : 4 ago. 2018.
______. Another politics of life is possible. Theory, culture & society, v.26, n.5, p.44-60, 2009. Disponível em: < https://bit.ly/2O49APZ>. Acesso em : 4 ago. 2018.
______. At the Heart of the State: the moral world of institutions. Pluto Press, 2015.
FERRARESE, Estelle. Vulnerability: a concept with which to undo the world as it is? Critical Horizons, v.17, n.2, 2016, p.149-159. Disponível em: < https://bit.ly/2KfMXWq>. Acesso em : 4 ago. 2018.
FOUCAULT, M. Poder de morte e direito sobre a vida. In: ______. História da sexualidade: a vontade de saber. Rio de Janeiro: Graal, 1980. v. 1, p. 127-152.
______. Le jeu de Michel Foucault. Entrevista dada à revista Ornicar. Dits et Écrits, v.3 [1977], 1994, p.194-228. Disponível em: < https://bit.ly/2LJSl9N>. Acesso em : 4 ago. 2018.
GILSON, E. The Ethics of Vulnerability: A Feminist Analysis of Social Life and Practice. New York: Routledge, 2014.
HARDT, M.; NEGRI, A. La production biopolitique. Multitudes, v. 1, n. 1, p. 16-28, 2000. Disponível em : <https://bit.ly/2mZo8EK>. Acesso em : 4 ago. 2018.
HOFFMASTER, B. What does vulnerability mean. Hastings Center Report, v. 36, n. 2, p. 38–45, 2006. Disponível em: <https://bit.ly/2LK5oIn>. Acesso em : 4 ago. 2018.
MACKENZIE, C. The Importance of Relational Autonomy and Capabilities for an Ethics of Vulnerability. In: MACKENZIE, C.; ROGERS, W.; DODDS, S. (Eds.). Vulnerability New Essays in Ethics and Feminist Philosophy. New York: Oxford University Press, 2014, p.33–59.
PELBART, P. P. Poder sobre a vida, potência da vida. Lugar Comum, n.17, p.33-43, 2002. Disponível em: < https://bit.ly/2LTPaeP>. Acesso em : 4 ago. 2018.
RENAULT, E. L'expérience de l'injustice: reconnaissance et clinique de l'injustice. Paris: La Découverte, 2004.
SILVA, R. Apresentação (elegia do comum). In: SILVA, R.; NAZARÉ, L. (Orgs.). A república por vir. Arte, Política e Pensamento para o século XXI. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2011, p.11-37.
TASSIN, E. Espace commun ou espace public ? L’antagonisme de la communauté et de la publicité, Hermès, v.10, p.23-37, 1992. Disponível em : < https://bit.ly/2LTPaeP>. Acesso em : 4 ago. 2018.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).