Apontamentos sobre a transposição do romance para o filme Drácula de Bram Stoker
DOI:
https://doi.org/10.34019/1981-4070.2015.v9.21258Palabras clave:
intermidialidade, intertextualidade, transposição intersemiótica, Drácula, Francis Ford Coppola.Resumen
Drácula de Bram Stoker (Bram Stoker’s Dracula – EUA – 1992 - dirigido por Francis Ford Coppola e roteirizado por James V. Hart), adaptado do romance gótico “Drácula”, do escritor irlandês Bram Stoker, configura-se exemplar para uma discussão do processo de transposição da Literatura para o Cinema. Buscou-se apontar, além das equivalências e diferenças entre os textos e as duas formas artísticas, também a compreensão do contexto de produção e de recepção e da função do texto-alvo como fatores que fundamentam as escolhas criativas. Nesse filme, encontram-se atualizados a essência da narrativa gótica e o imaginário do vampiro no cinema; ou seja relações intersemióticas (entre romance e filme) e intertextuais (entre os filmes, os “textos” do cinema). A personagem do morto-vivo que é, por princípio, dúbio, cumpre no filme de Coppola o papel duplo de heroi e monstro. Sendo toda personagem ficcional o ponto zero das coordenadas espácio-temporais, essa dubiedade é responsável pelo paralelismo entre a narrativa de horror e o drama romântico.
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