Quantos números têm aqui? A utilização de dados pelo Fantástico na cobertura da Covid-19 no Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.34019/1981-4070.2021.v15.35673

Palavras-chave:

Telejornalismo, Jornalismo de Dados, Fantástico, Covid-19, Cobertura

Resumo

A população brasileira precisou aprender sobre distanciamento social e lockdown, números, taxas e índices com a chegada da pandemia de Covid-19. Lidamos, simultaneamente, com uma doença desconhecida, novas informações e fake news. Apesar do avanço do vírus ser cotidianamente explicado por informações quantitativas oficiais, tanto pelos órgãos de Saúde (Ministério, Secretarias Estaduais e Municipais) quanto pela imprensa, em decorrência do distanciamento social, as pessoas, por ficarem mais tempo em casa, buscavam informações em diversos canais de comunicação, incluindo os tradicionais (e mais confiáveis) e os que possuem confiabilidade duvidosa, como as mensagens (re)encaminhadas por grupos de WhatsApp. O governo federal, por vezes, se valia de dados equivocados e, em outras, omitia informações. Os veículos de comunicação foram encarregados de repassar as informações oficiais a um público tão grande como o brasileiro. Em meio ao caos, como os jornalistas conseguiram informar a população, que enfrentava momentos distintos, com níveis e evoluções diferentes da pandemia? Em um país continental, esta pesquisa buscou compreender a evolução da utilização do jornalismo de dados pelo programa televisivo Fantástico, entendendo a relação entre essa atividade e a construção da informação de fácil acesso à população, bem como o jornalismo como entidade responsável pelo combate à desinformação. Para cumprir com tais objetivos foi realizado um acompanhamento linear dos dados apresentados no período de 17 meses (março de 2020 a agosto de 2021), observando como o Fantástico divulgou os dados da pandemia no Brasil. O método utilizado foi a pesquisa qualitativa, pela perspectiva da análise da materialidade audiovisual.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Renata Caleffi, Universidade Estadual do Centro-Oeste

Jornalista, doutora e docente do Departamento de Comunicação Social da Universidade
Estadual do Centro-Oeste e do curso de Publicidade e Propaganda do Centro Universitário
Campo Real.

Ariane Carla Pereira, Universidade Estadual do Centro-Oeste

Jornalista. Doutora em Comunicação e Cultura. Docente do curso de Jornalismo e do Programa de Pós-Graduação em História da Unicentro (Universidade Estadual do Centro-Oeste).

Referências

BARBOSA, S.; TORRES, V. Extensões do paradigma JBDB no Jornalismo contemporâneo: modos de narrar, formatos e visualização para conteúdos. In: ENCONTRO ANUAL DA COMPÓS, 21, 2012, Juiz de Fora. Anais [...]. Campinas: Galoá, 2012. Disponível em: <https://proceedings.science/compos-2012/papers/extensoes-do-paradigma-jdbd-no-jornalismo-contemporaneo--modos-de-narrar--formatos-e-visualizacao-para-conteudos> Acesso em: 31 ago. 2021.

BARBOSA, S. Jornalismo digital em base de dados (JDBD): um paradigma para produtos jornalísticos digitais dinâmicos. 2007. 329 f. Tese (Doutorado em Comunicação e Culturas Contemporâneas) – Faculdade de Comunicação, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2007. Disponível em: <https://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/11299>. Acesso em: 31 ago. 2021.

CANAVILHAS, J. Notícias e mobilidade: Jornalismo na era dos dispositivos móveis. Portugal: Labcom, 2013.

COUTINHO, I. O telejornalismo narrado nas pesquisas e a busca por cientificidade: A análise da materialidade audiovisual como método possível. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO, 39, 2016, São Paulo. Anais [...]. São Paulo: Intercom, 2016. Disponível em: <https://portalintercom.org.br/anais/nacional2016/resumos/R11-3118-1.pdf>. Acesso em: 31 ago. 2021.

GRUSZYNSKI, A. A forma que (in)forma: o projeto gráfico do jornal impresso na contemporaneidade. In: CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO, 34, 2011, Recife. Anais [...]. Recife: Intercom 2011. Disponível em: <http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2011/resumos/R6-1030-1.pdf> Acesso em: 31 ago. 2021.

JENKINS, H. Cultura da convergência. São Paulo: Aleph, 2009.

SANTOS, M. C. Narrativas automatizadas e a geração de textos jornalísticos: a estrutura de organização do lead traduzida em código. Brazilian Journalism Research, [S. l.], v. 12, n. 1, p. 160–185, 2016. DOI: <https://doi.org/10.25200/BJR.v12n1.2016.757>.

SANTOS, M. C. Métodos digitais e memória acessada por APIs: desenvolvimento de ferramenta para extração de dados de portais jornalísticos a partir da WayBack Machine. Revista Observatório, v. 1, n. 2, set./dez. 2015. Disponível em: <https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/observatorio/article/view/1549/8496>. Acesso em: 31 ago. 2021.

SOUSA, J. P. Uma história breve do jornalismo no Ocidente. Biblioteca Online de Ciências da Comunicação, 2008. Disponível em: <http://www.bocc.ubi.pt/pag/sousa-jorge-pedro-uma-historia-breve-do-jornalismo-no-ocidente.pdf>. Acesso em: 4 dez. 2021.

TRÄSEL, M.R. Entrevistando planilhas: Estudo das crenças e do ethos de um grupo de profissionais de jornalismo guiado por dados no Brasil. 2014. 314 f. Tese (Doutorado em Comunicação Social) – Faculdade de Comunicação, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2014. Disponível em: <http://tede2.pucrs.br/tede2/bitstream/tede/4590/1/461784.pdf>. Acesso em: 31 ago. 2021.

Downloads

Publicado

2021-12-30

Como Citar

CALEFFI, R.; PEREIRA, A. C. Quantos números têm aqui? A utilização de dados pelo Fantástico na cobertura da Covid-19 no Brasil. Lumina, [S. l.], v. 15, n. 3, p. 23–39, 2021. DOI: 10.34019/1981-4070.2021.v15.35673. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/article/view/35673. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

As telas da pandemia da Covid-19: desafios do Jornalismo e do Audiovisual