Mamãe Dolores, Nice e Val: comoções (e razões) nacionais
DOI:
https://doi.org/10.34019/1981-4070.2016.v10.21227Palavras-chave:
doméstica, audiovisual, cenário midiático, melodrama, cultura nacional.Resumo
País apontado como aquele que detém o maior número de empregadas domésticas no mundo (OIT, 2013), o Brasil acumula, em suas produções audiovisuais, inúmeros personagens que, exercendo tal função, funcionam, quase sempre, como complemento cênico. No entanto, em alguns momentos deste percurso, esse papel praticamente invisível é catapultado à primeira grandeza, provocando comoções nacionais que, amarradas historicamente, transitam entre o devido reconhecimento do sujeito à elevação da notoriedade da atriz. Investigando tal trajeto, este artigo foca as personagens domésticas Mamãe Dolores, Nice e Val, sob o horizonte dos limites e cobranças que estas repercussões carregam no cenário midiático, discutindo, também, os elos que as narrativas constroem com a matriz melodramática latino-americana.Downloads
Não há dados estatísticos.
Referências
ALVES, Vida. TV Tupi: uma linda história de amor. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2008.
AGUIAR, Ronaldo Conde. Almanaque da Rádio Nacional. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2007.
ARAÚJO, Joel Zito. A negação do Brasil: o negro na telenovela brasileira. 2ª ed. São Paulo: Ed. SENAC, 2004.
BERNARDET,Jean-Claude. Cinema Brasileiro: propostas para uma história. 2ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.
BRAGANÇA, Maurício de. “Metáforas à mesa: Bustillo Oro, Buñel, Ripstein e o Melodrama Familiar Mexicano” in AMANCIO, T. E TEDESCO, M. C. (orgs). Brasil-México: Aproximações Cinematográficas. Niterói: Ed. Da UFF, 2011.
BUSCOMBE, Edward. “A ideia de gênero no cinema americano”. In RAMOS, Fernão Pessoa. Teoria Contemporânea do Cinema – Documentário e narratividade ficcional – Volume II. São Paulo: Senac, 2004.
CERTEAU, Michel. A Invenção do Cotidiano. 1. Artes de Fazer. 9ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1994.
GONZAGA, Adhemar; SALLES, P. E. 70 Anos de Cinema Brasileiro. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura S.A., 1966.
HAMBURGER, Esther. O Brasil Antenado: a sociedade da novela. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2005.
JAGUARIBE, Beatriz. O choque do real: estética, mídia e cultura. São Paulo: Rocco, 2007.
OBSERVATÓRIO BRASILEIRO DO CINEMA E DO AUDIOVISUAL. Filmes Brasileiros Lançados: 1995 a 2013. Acesso em 29 de setembro de 2015. Disponível em http://oca.ancine.gov.br/media/SAM/DadosMercado/2102-22052015.pdf
ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO (OIT). Domestic workers across the world: Global and regional statistics and the extent of legal protection. Genebra: OIT, 2013.
OROZ, Silvia. Melodrama: O Cinema de Lágrimas da América Latina. Rio de Janeiro: Rio Fundo ed., 1992.
PALLOTTINI, Renata. Dramaturgia de Televisão. 2. ed. São Paulo: Perspectiva, 2012.
PROJETO MEMÓRIA GLOBO. Dicionário da TV Globo Vol. 1: Programas de Dramaturgia & Entretenimento. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2003.
____________. Guia Ilustrado TV Globo: Novelas e Minisséries. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2010.
RONCADOR, Sônia. A Doméstica Imaginária: Literatura, testemunhos e a invenção da empregada doméstica no Brasil (1889 – 1999). Brasília: Editora UnB, 2008.
____________. Um Legado Colonial Oneroso: A Servidão Doméstica na Cultura e na Literatura Brasileiras. In: GUIMARÃES, Victor (org). Doméstica: Coletânea de Textos + Filme. Recife: Desvia, 2015.
SILVA, Sérgio Luís Lima. TV Tupi do Rio de Janeiro: Uma Viagem Afetiva. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2010.
VALENTE, Eduardo. “Domésticas, o filme – de Nando Olival e Fernando Meirelles”. Disponível em http://www.contracampo.com.br/criticas/domesticas.htm . Acesso em 12/07/2015).
VEJA. Os Filhos do Direito de Nascer. São Paulo, 35. ed., 7 mai 1969, p. 27 - 33.
Sites:
EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 72. Acesso em 23 de maio de 2015. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc72.htm
IMDB. “Doméstica, o filme” (awards). Acesso em 29 de setembro de 2015. Disponível em http://www.imdb.com/title/tt0279783/awards?ref_=tt_ql_4.
MEMÓRIA GLOBO. “Paulo Autran: trajetória”. Acesso em 29 de julho de 2015. Disponível em http://memoriaglobo.globo.com/perfis/talentos/paulo-autran/trajetoria.htm.
AGUIAR, Ronaldo Conde. Almanaque da Rádio Nacional. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2007.
ARAÚJO, Joel Zito. A negação do Brasil: o negro na telenovela brasileira. 2ª ed. São Paulo: Ed. SENAC, 2004.
BERNARDET,Jean-Claude. Cinema Brasileiro: propostas para uma história. 2ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.
BRAGANÇA, Maurício de. “Metáforas à mesa: Bustillo Oro, Buñel, Ripstein e o Melodrama Familiar Mexicano” in AMANCIO, T. E TEDESCO, M. C. (orgs). Brasil-México: Aproximações Cinematográficas. Niterói: Ed. Da UFF, 2011.
BUSCOMBE, Edward. “A ideia de gênero no cinema americano”. In RAMOS, Fernão Pessoa. Teoria Contemporânea do Cinema – Documentário e narratividade ficcional – Volume II. São Paulo: Senac, 2004.
CERTEAU, Michel. A Invenção do Cotidiano. 1. Artes de Fazer. 9ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1994.
GONZAGA, Adhemar; SALLES, P. E. 70 Anos de Cinema Brasileiro. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura S.A., 1966.
HAMBURGER, Esther. O Brasil Antenado: a sociedade da novela. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2005.
JAGUARIBE, Beatriz. O choque do real: estética, mídia e cultura. São Paulo: Rocco, 2007.
OBSERVATÓRIO BRASILEIRO DO CINEMA E DO AUDIOVISUAL. Filmes Brasileiros Lançados: 1995 a 2013. Acesso em 29 de setembro de 2015. Disponível em http://oca.ancine.gov.br/media/SAM/DadosMercado/2102-22052015.pdf
ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO (OIT). Domestic workers across the world: Global and regional statistics and the extent of legal protection. Genebra: OIT, 2013.
OROZ, Silvia. Melodrama: O Cinema de Lágrimas da América Latina. Rio de Janeiro: Rio Fundo ed., 1992.
PALLOTTINI, Renata. Dramaturgia de Televisão. 2. ed. São Paulo: Perspectiva, 2012.
PROJETO MEMÓRIA GLOBO. Dicionário da TV Globo Vol. 1: Programas de Dramaturgia & Entretenimento. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2003.
____________. Guia Ilustrado TV Globo: Novelas e Minisséries. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2010.
RONCADOR, Sônia. A Doméstica Imaginária: Literatura, testemunhos e a invenção da empregada doméstica no Brasil (1889 – 1999). Brasília: Editora UnB, 2008.
____________. Um Legado Colonial Oneroso: A Servidão Doméstica na Cultura e na Literatura Brasileiras. In: GUIMARÃES, Victor (org). Doméstica: Coletânea de Textos + Filme. Recife: Desvia, 2015.
SILVA, Sérgio Luís Lima. TV Tupi do Rio de Janeiro: Uma Viagem Afetiva. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2010.
VALENTE, Eduardo. “Domésticas, o filme – de Nando Olival e Fernando Meirelles”. Disponível em http://www.contracampo.com.br/criticas/domesticas.htm . Acesso em 12/07/2015).
VEJA. Os Filhos do Direito de Nascer. São Paulo, 35. ed., 7 mai 1969, p. 27 - 33.
Sites:
EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 72. Acesso em 23 de maio de 2015. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc72.htm
IMDB. “Doméstica, o filme” (awards). Acesso em 29 de setembro de 2015. Disponível em http://www.imdb.com/title/tt0279783/awards?ref_=tt_ql_4.
MEMÓRIA GLOBO. “Paulo Autran: trajetória”. Acesso em 29 de julho de 2015. Disponível em http://memoriaglobo.globo.com/perfis/talentos/paulo-autran/trajetoria.htm.
Downloads
Publicado
2016-12-22
Como Citar
TAVARES DA SILVA, D. da; MILLIANO, M. Mamãe Dolores, Nice e Val: comoções (e razões) nacionais. Lumina, [S. l.], v. 10, n. 3, 2016. DOI: 10.34019/1981-4070.2016.v10.21227. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/article/view/21227. Acesso em: 27 dez. 2024.
Edição
Seção
Artigos
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).