A imagem do corpo feminino na mídia: a história do presente, o peso da leveza e a economia da sedução
Publicado 2024-01-08
Palavras-chave
- Imagem feminina,
- corpo,
- Mídia,
- Estética da leveza,
- Economia da sedução
Como Citar
Copyright (c) 2024 Rodrigo Daniel Sanches, Júlio
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Resumo
Partindo de experiências midiáticas envolvendo a imagem feminina, a reflexão aqui proposta busca investigar e compreender, desde 2014 até hoje, como a silhueta da mulher está sendo desenhada, moldada e (re)significada para circular na ambiência midiática, constituindo uma história do presente (sobre o corpo feminino). Portanto, questionamos: como funcionam as imagens que interpelam a mulher na atualidade, naturalizando sentidos sobre corpo, beleza e sucesso? O que um corpo, na atualidade, deve apresentar para ser considerado belo? Como a mídia, espaço privilegiado de reprodução e circulação de imagens, discursiviza o corpo feminino? Nos últimos nove anos, o que mudou em relação aos estereótipos sobre o corpo feminino? Para responder a tais questionamentos, mobilizaremos os pressupostos teórico-metodológicos de Kamper (as máquinas de olhar), AUTOR (economia da sedução e atenção), Lipovetsky (estética da leveza), Lipovetsky e Serroy (capitalismo transestético) e AUTOR (texto midiático das novas dietas, beleza e boa forma). Os resultados apontam que, em aproximadamente dez anos, a imagem do corpo feminino na mídia continua sendo (re)significado de maneira praticamente idêntica. Os estereótipos operam na lógica da estética da magreza. Transformado em imagens, o corpo vem perdendo sua essência natural e histórica. A história do presente do corpo feminino revela-se um presente impossível: as imagens conseguem se livrar dos corpos, já o contrário demonstrou-se impossível.
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