Publicado 2023-08-01
Palavras-chave
- Fascism,
- Ideology,
- Concepts
Como Citar
Copyright (c) 2022 Carlos Manuel Martins
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Resumo
Apesar de todas as definições de fascismo que foram apresentadas nas últimas décadas e do “consenso” que se criou em torno da definição proposta por Roger Griffin (que se foca nas características ultranacionalistas e palingenéticas do fascismo), autores como Michel Dobry criticaram a tendência para se optar por aquilo que vêm como abordagens “essencialistas”, bem como a preocupação excessiva com classificações. Contudo, eu defendo que, apesar de os aspectos mais dinâmicos da ideologia fascista precisarem de ser levados em conta, as definições e classificações são uma componente necessária do trabalho do historiador que tenta compreender a era do fascismo. Por essa razão, o meu objectivo neste ensaio é o de chegar a uma nova definição de fascismo, utilizando a abordagem conceptual morfológica, apresentada por Michael Freeden, que nunca foi usada de forma sistemática num estudo sobre o fascismo e que nos pode levar a novas e interessantes conclusões acerca da natureza desta ideologia. Este ensaio é, portanto, uma reavaliação de uma pesquisa que realizei anteriormente e deve ser lido como uma versão melhorada desse estudo, que tentava definir o fascismo através dos conceitos centrais que fazem parte do seu padrão conceptual. Como é descrito no corpo do texto, os conceitos que acredito serem centrais no fascismo são: Nação, Estado, Síntese, Revolução, Autoridade e Violência.
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