v. 28 n. 1 (2022): Dossiê: História recente da política externa da América Latina: uma questão de elites?
Seção Livre

A composição do preço do escravizado no recôncavo açucareiro da Bahia colonial: um estudo de caso a partir da escravaria de Custódio Ferreira Dias (c. 1750 a c. 1800)

Augusto Fagundes da Silva dos Santos
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

Publicado 2022-07-05

Palavras-chave

  • História quantitativa. Demografia histórica. Escravidão. Período colonial. Recôncavo da Bahia.

Como Citar

Fagundes da Silva dos Santos, Augusto. 2022. “A composição Do preço Do Escravizado No recôncavo açucareiro Da Bahia Colonial: Um Estudo De Caso a Partir Da Escravaria De Custódio Ferreira Dias (c. 1750 a C. 1800)”. Locus: Revista De História 28 (1):323-54. https://doi.org/10.34019/2594-8296.2022.v28.36212.

Resumo

 

 

O presente artigo busca através da amostragem obtida a partir dos dados extraídos do inventário post-mortem do senhor de engenho Custódio Ferreira Dias analisar o perfil e o valor econômico da população cativa no Recôncavo açucareiro baiano da segunda metade do século XVIII. A grande quantidade de terras e os quatro engenhos de açúcar desse senhor demandaram uma imensa escravaria composta por 336 almas, que permitiram examinar variáveis quantitativas e demográficas importantes da população esvravizada na região, tais como: sexo, idade, origem étnica, condição de saúde,nível de qualificação e composição do preço do cativo. Além da apresentação de dados inéditos, o presente trabalho possibilita o questionamento de algumas visões tácitas presentes na historiografia.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

  1. ANDRADE, Maria José Souza de. A mão de obra escrava em Salvador, 1811-1860. São Paulo: Corrupio, 1988.
  2. ANTONIL, André João. Cultura e opulência do Brasil por suas drogas e Minas em 1711. São Paulo: Edusp, 2007.
  3. BARICKMAM, B. J. Um Contraponto baiano: açúcar, fumo, mandioca e escravidão no Recôncavo, 1789-1860. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
  4. DOSSE, François. O desafio biográfico: escrever uma vida. São Paulo: Unesp, 2009.
  5. FERLINI, Vera. Terra, Trabalho e Poder: o mundo dos engenhos no Nordeste colonial. São Paulo: Brasiliense, 1988.
  6. MASCARENHAS, Maria José Rapassi. Fortunas coloniais - Elite e riqueza em Salvador 1760 – 1808. Doutorado em História Econômica. São Paulo: Universidade de São Paulo, 1999.
  7. MATTOSO, Kátia M. de Queirós. Bahia, século XIX: uma Província do Império. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1992.
  8. MATTOSO, Kátia M. de Queirós. Bahia: a cidade do Salvador e seu mercado no século XIX. São Paulo: Hucitec; Salvador: Secretaria Municipal de Educação e Cultura, 1978.
  9. NOGUEIRA, Gabriela Amorim. "Viver por si", viver pelos seus: famílias e comunidades de escravos e forros no "Certam de Sima do Sam Francisco" (1730-1790). Mestrado em História Regional e Local, UNEB, 2011.
  10. PARES, L. N. Milicianos, barbeiros e traficantes numa irmandade católica de africanos minas e jejes (Bahia, 1770-1830). Tempo. Revista do Departamento de História da UFF, v. 20, p. 1-32, 2014.
  11. PARES, L. N. O processo de crioulização no Recôncavo baiano (1750-1800). Afro-Ásia (UFBA), Salvador, v. 33, p. 70-101, 2005.
  12. PIMENTA, T. S.; DANTAS, R.A. Barbeiros-Sangradores no Rio de Janeiro Oitocentista: Transformações de um ofício. Revista da Associação Brasileira de Pesquisadores(as) Negros(as) - ABPN, v. 6, p. 6-24, 2014.
  13. PIRES, Maria de Fátima N. Fios da vida: Tráfico Interprovincial e Alforrias nos Sertoins de Sima, 1860-1920. São Paulo: Annablume, 2009.
  14. REIS, Isabel C. F. A família negra no tempo da escravidão: Bahia, 1850-1888. Campinas. Doutorado em História. Campinas: Universidade Estadual de Campinas, 2007.
  15. REIS, João José & SILVA JR., Carlos (Orgs.). Atlântico de dor: faces do tráfico de escravos. Belo Horizonte: Fino Traço, 2016.
  16. RIBEIRO, Geisa Lourenço. Enlaces e desenlaces: família escrava e reprodução endógena no Espírito Santo (1790-1871). Mestrado em História Social. Vitoria: UFES, 2012.
  17. ROCHA, Uelton Freitas. Recôncavas Fortunas: a dinâmica da riqueza em Cachoeira (1837-1889). Mestrado em História. Salvador: UFBA, 2015.
  18. SCHWARTZ, Stuart. Segredos Internos: Engenhos e Escravos na sociedade Colonial, 1550-1835. São Paulo: Companhia das Letras, 1988.
  19. SILVA, Ana Paula Albuquerque. Produção fumageira: fazendas e lavradores no Recôncavo da Bahia (1773-1831). Mestrado em História. Salvador: UFBA, 2015.
  20. SLENES, Robert Wayne Andrew. Na Senzala, uma flor: esperanças e recordações na formação da família escrava (Brasil - Sudeste, século XIX). Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.
  21. SOARES, Carlos Eugênio Líbano; SILVA JR., Carlos,; DOMINGUES, Cândido (Orgs). Africanos na cidade da Bahia: tráfico negreiro, escravidão e identidade africana - Século XVIII. Belo Horizonte: Fino Traço, 2017.
  22. VERGER, Pierre. Fluxo e Refluxo do tráfico de escravos entre o golfo do Benin e a Bahia de todos os Santos: século XVII ao XIX. São Paulo: Corrupio, 1987.
  23. VERSIANI, F.R. ; NOGUERÓL, L. P. F. ; VERGOLINO, J. R. O. ; RESENDE, G. Preços de Escravos e Produtividade do Trabalho Cativo: Pernambuco e Rio Grande do Sul, século XIX. In: Anais do XLI Encontro Nacional de Economia, Foz do Iguaçú, 2013.
  24. XIMENES, Cristiana Ferreira Lyrio. Bahia e Angola: redes comerciais e o tráfico de escravos (1750-1808). Doutorado em História. Niterói: Universidade Federal Fluminense, 2013.