Publicado 2021-05-13
Palavras-chave
- Circo,
- Paisagem corporal,
- “Monstros”,
- Apolíneos,
- Cultura extraordinária
Como Citar
Copyright (c) 2021 Gilmar Rocha
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Resumo
A percepção do corpo como sujeito da cultura acentuou-se na modernidade. Haja vista a relação do corpo com a cidade, ora servindo de modelo à cidade, ora a cidade parece interferir na composição dos corpos de seus habitantes. Em meio a essa relação morfológica, os corpos extraordinários ocupam um lugar privilegiado no imaginário científico e artístico-popular desde fins do século XVIII. Esse texto tem como objetivo delinear a “paisagem corporal” exibida a partir da industria da diversão e da “cultura dos músculos” nas sociedades anglo-saxã entre os anos de 1840-1940. Destaca-se, então, os corpos extraordinários que se mostram em excesso: de um lado, os corpos apolíneos à exemplo dos bodybuilders (ginastas, fisioculturistas, atletas etc); do outro lado, aqueles classificados como “freaks” (aberrações humanas) considerados “monstruosidades”. O circo, em especial, se revela uma “cultura extraordinária” na qual se dramatiza a constituição de uma singular paisagem corporal na América.
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