Vol. 27 Núm. 1 (2021): Dossier - Visiones de la Historia China
Sesión Libre

Entre Dioses y Monstruos: cuerpos extraordinarios en exhibición en América

Gilmar Rocha
Universidade Federal Fluminense / UFF
Biografía

Publicado 2021-05-13

Palabras clave

  • Circo,
  • Paisaje del cuerpo,
  • “Monstruos”,
  • Apolíneo,
  • Cultura extraordinaria

Cómo citar

Rocha, Gilmar. 2021. «Entre Dioses Y Monstruos: Cuerpos Extraordinarios En exhibición En América». Locus: Revista De Historia 27 (1):293-316. https://doi.org/10.34019/2594-8296.2021.v27.31139.

Resumen

La percepción del cuerpo como sujeto de la cultura se acentuó en la modernidad. Considerando la relación del cuerpo con la ciudad, a veces sirvindole de modelo, y otras veces es la ciudad que parece interferir en la composición de los cuerpos de sus habitantes. En medio de esta relación morfológica, los cuerpos extraordinarios han ocupado un lugar privilegiado en la imaginación científica y artística-popular desde finales del siglo XVIII. Este texto tiene como objetivo esbozar el "paisaje corporal" exhibido por la industria del entretenimiento y la "cultura de los músculos" en las sociedades anglosajonas entre los años 1840-1940. Se destaca, entonces, los cuerpos extraordinarios que se muestran en exceso: por un lado, los cuerpos apolíneos, como los “bodybuilders” (gimnastas, culturistas, atletas, etc.); por otro lado, los clasificados como "freaks" (aberraciones humanas) se consideran "monstruosidades". El circo revela como una "cultura extraordinaria" en la que se dramatiza la constitución de un paisaje corporal singular en los Estados Unidos de América

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

  1. Appadurai, Arjun. Dimensões culturais da globalização – a modernidade sem peias. Lisboa: Editorial Teorema, 2004.
  2. Bakhtin, Mikhail. A cultura popular na Idade Média e no Renascimento - o contexto de François Rabelais. São Paulo: Hucitec; Brasilia: UnB, 1987.
  3. Baltrusaitis, Jurgis. Aberrações – ensaio sobre a lenda das formas. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1999.
  4. Bestard, Joan, e Jesus Contreras. Bárbaros, paganos, salvajes y primitivos – una introducción a la antropologia. Barcelona: Barcanova, 1987.
  5. Bogdan, Robert. “The Social Construction of Freaks”. In Freakery – Cultural Spetacles of the Extraordinary Body, ed. Rosemarie Thomson, 23-37. New York University Press, 1996.
  6. Bologna, Corrado. “Monstro”. Em Enciclopédia Einaudi – vida/morte-tradições-gerações, 36, 315-339. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1997.
  7. Bolognesi, Mario. Palhaços. São Paulo, Unesp, 2003. https://doi.org/10.7476/9788539303342
  8. Bourdieu, Pierre. “O camponês e seu corpo”. Sociologia e Política, Curitiba, n. 26 (2006): 83-92. https://doi.org/10.1590/S0104-44782006000100007
  9. Bouissac, Paul. Circus and culture – a semiotic approach. Indiana University Press, 1985.
  10. Bresciani, Maria Stela. “Metrópoles: As faces do Monstro Urbano (As Cidades no Século XIX). Revista Brasileira de História, São Paulo, v.3, n.8/9 (1985): 35-68.
  11. Browning, Tod. Freaks. 1932. Metro Goldwyn-Mayer. Duração: 64 min, EUA.
  12. Calvino, Italo, As cidades invisíveis. São Paulo: Companhia das letras, 1991.
  13. Câmara Cascudo, Luís. Geografia dos mitos brasileiros. São Paulo: EDUSP, 1983.
  14. Canevacci, Massimo. Fetichismos visuais – corpos erópticos e metrópole comunicacional. 2 ed. São Paulo: Ateliê Editorial, 2015.
  15. Canguilhem, George. O normal e o patológico. 2 ed. Rio de Janeiro: Forense-Universitária, 1982.
  16. Cauquelin, Anne. A invenção da paisagem. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
  17. Cohen, Jeffrey. “A cultura dos monstros –sete teses”. Em Pedagogia dos monstros –os prazeres e os perigos da confusão de fronteiras, org. Tomaz Tadeu Silva, 23-60. Belo Horizonte: Autêntica, 2000.
  18. Courtine, Jean-Jacques. “Os Stkhanovistas do narcisismo –body-building e puritanismo ostentatório na cultura americana do corpo”. Em Políticas do corpo –elementos para uma história das práticas corporais, org. Denise Sant’anna, 81-114. São Paulo: Estação da Liberdade, 1995.
  19. Courtine, Jean-Jacques. “El crepúsculo de los monstruos”. SYD, Buenos Aires, n. 7 (1996): 7-42.
  20. Courtine, Jean-Jacques. “O corpo inumano”. Em História do corpo 1 -Da Renascença às Luzes, org. Alain Corbain, Jean-Jacques Courtine, e Georges Vigarello, 487-502. Petrópolis, Vozes, 2008a.
  21. Courtine, Jean-Jacques. “O corpo anormal –história e antropologia culturais da deformidade”. Em História do corpo 3- as mutações do olhar: o século XX, org. Alain Corbain, Jean-Jacques Courtine, e Georges Vigarello, 253-340. Petrópolis: Vozes, 2008b.
  22. Crapanzano, Vincent. “A cena –lançando sombra sobre o real”. Mana, Museu Nacional, v. 11, n. 2 (2005): 357-383. https://doi.org/10.1590/S0104-93132005000200002
  23. Dal Gallo, Fabio. “Da rua ao picadeiro – Escola Picolino, arte e educação na performance do circo social. Tese de doutorado em Artes Cênicas, Salvador, UFBA, 2009.
  24. Damasceno, Janaína. “O corpo do outro: construções raciais e imagens de controle do corpo feminino negro – o caso da Venus Hotentote”. Fazendo Gênero 8 – Corpo, Violência e Poder, Florianópolis, 25 a 29 de agosto de 2008.
  25. Daniel, Noel. The circus, 1870-1950. Los Angeles: Taschen, 2008.
  26. Davis, Janet. The circus age –culture & society under the amercian big top. The University of North Carolina Press, 2002.
  27. Debord, Guy. A sociedade do espetáculo. Rio de Janeiro: Contraponto, 1997.
  28. D’Esgragnolle-Taunay, Afonso. Monstros e monstrengos do Brasil – ensaio sobre a zoologia fantástica nos séculos XVII e XVIII. São Paulo: Companhia das letras, 1998.
  29. Del Priore, Mary. Esquecidos por Deus – monstros no mundo europeu e ibero-americano (séculos XVI-XVIII). São Paulo: Companhia das letras, 2000.
  30. Dias, Nélia. “O corpo e a visibilidade da diferença”. Em Corpo presente –treze reflexões antropológicas sobre o corpo, org. Miguel Almeida, 23-44. Oeiras: Celta Editora, 1996. https://doi.org/10.4000/books.etnograficapress.411
  31. Douglas, Mary. Pureza e perigo. São Paulo: Perspectiva, 1976.
  32. Douglas, Mary. Símbolos naturales –exploraciones en cosmologia. Madrid: Alianza editorial, 1988.
  33. Duarte, Regina H. Noites circenses; espetáculos de circo e teatro em Minas Gerais no século XIX. Campinas: Editora Unicamp, 1995.
  34. Elias, Norbert. O processo civilizador – formação do Estado e civilização. Rio de Janeiro: Zahar, 1992.
  35. Foucault, Michel. Os anormais - curso no College de France (1974-1975). São Paulo: Martins Fontes, 2001.
  36. Gil, José. Metamorfoses do corpo. 2 ed. Lisboa: Relógio D’Água, 1997.
  37. Gonçalves, José Reginaldo. “A materialidade das classificações – de Émile Durkheim a Marcel Mauss”. Em Educação e antropologia – construindo metodologias de pesquisa, org. Gilmar Rocha, e Sandra Tosta, 51-64. Curitiba: CRV, 2013.
  38. Grosz, Elizabeth. “Intolerable ambiguity –freaks as/at the limit”. Em Freakery – cultural spectacles of the extraordinary body, ed. Rosemarie Thomson, 55-66. New York University Press, 1996.
  39. Gumbrecht, Hans. Elogia da beleza atlética. São Paulo: Companhia das letras, 2007.
  40. Hawkins, Joan. “‘One of Us’ –Tod Browning’s Freaks”. Em Freakery –cultural spectacles of the extraordinary body, ed. Rosemarie Thomson, 265-276. New York University Press, 1996.
  41. Hugo, Victor. Do grotesco e do sublime. 2 ed. São Paulo, Perspectiva, 2004.
  42. Ingold, Tim. “The temporality of the landscape”. Em The perception of the environment – essays on livelihood, dwelling and skill, 189-208. New York: Routledge, 2011.
  43. Ingold, Tim. Estar vivo – ensaios sobre movimento, conhecimento e descrição. Petrópolis Vozes, 2015.
  44. Jeha, Júlio, e Lyslei Nascimento, org. Da fabricação dos monstros. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2009. https://doi.org/10.1590/1983-21172009110101
  45. Latour, Bruno. Jamais fomos modernos – ensaio de antropologia simétrica. Rio de Janeiro: Editora 34, 1994.
  46. Leach, Edmund. A diversidade da antropologia. Lisboa: Edições 70, 1989.
  47. Le Breton, David. “A síndrome de Frankenstein”. Em Políticas do corpo, org. Denise Sant’anna, 49-65. São Paulo: Estação Liberdade, 1995.
  48. Le Breton, David. Adeus ao corpo – antropologia e sociedade. Campinas: Papirus, 2003.
  49. Le Breton, David. A sociologia do corpo. 2 ed. Petrópolis: Vozes, 2007.
  50. Lévi-Strauss, Claude. O cru e o cozido – mitológicas I. São Paulo: Cosac &Naify, 2004.
  51. Lindsay, Cecile. “Bodybuilding –a postmodern freak show”. Em Freakery –Cultural Spetacles of the Extraordinary Body, ed. Rosemarie Thomson, 356-367. New York University Press, 1996.
  52. Mauss, Marcel, e Emile Durkheim. “Algumas formas primitivas de classificação –contribuição para o estudo das representações coletivas”. Em Ensaios de sociologia, Marcel Mauss, 399-455. São Paulo: Perspectiva, 1981.
  53. Mauss, Marcel. Sociologia e antropologia. São Paulo: Cosac &Naify, 2003.
  54. Mille, Cecil B. 1952. O Maior espetáculo da terra. Paramout Pictures, Duração: 152min, EUA.
  55. Moraes, Eliane. “Anatomia do monstro”. Em Corpo – território da cultura, org. Maria Lucia Bueno, e Ana Lucia Castro, 11-25. São Paulo: Annablume, 2005.
  56. Morin, Edgar. Cultura de massas no século XX – o espirito do tempo. 3 ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1975.
  57. Nazário, Luiz. Da natureza dos monstros. São Paulo: Arte & Ciência, 1998.
  58. Nietzsche, Friedrich. A visão dionisíaca do mundo. São Paulo, Martins Fontes, 2005.
  59. Ovídio. Metamorfoses. São Paulo: Madras, 2003.
  60. Pierucci, Antônio Flávio. Ciladas da diferença. São Paulo: Ed. 34, 1999.
  61. Pires, Beatriz. O corpo como suporte da arte –piercing, implante, escarificação, tatuagem. São Paulo: Senac, 2005.
  62. Rocha, Gilmar. “O maior espetáculo da terra! – circos, monstros, fronteiras e “self” na sociedade moderna”. Transit Circle, Niterói, v. 6 (2007): 10-31.
  63. Rocha, Gilmar. A magia do circo –etnografia de uma cultura viajante. Rio de Janeiro: FAPERJ-Lamparina, 2013.
  64. Rocha, Gilmar. “A imaginação e a cultura”. Teoria e cultura, Juiz de Fora, v. 11, n. 2 (2016a): 167-187.
  65. Rocha, Gilmar. “Anjos e pernas -a ‘moça de circo’ no imaginário artístico brasileiro”. Visualidades, Goiânia, v. 14, n. 1 (2016b): 216-239. https://doi.org/10.5216/vis.v14i1.35555
  66. Rocque, Lucia, e Luís Teixeira. “Frankenstein, de Mary Shelley, Drácula, de Bram Stoker, gênero e ciência na literatura”. História, Ciência e Saúde, Manguinhos, v. VIII, n. 1 (2001): 10-34.
  67. Rumsey, Nichola. “Historical and anthropological perspectives on appearance”. Em Visibility different – coping with disfigurement, Richard Lansdwon et al., 91-101. Oxford: Butterworth-Heinemann, 199.
  68. Simmel, Georg. “A moldura –um ensaio estético”. In Simmel e a modernidade, org. Jesse Souza, e Berthold Oelze, 119-126. 2 ed. Brasília: UnB, 2005.
  69. Simmel, Georg. A filosofia da paisagem. Covilhão: Lusofia Press, 2009.
  70. Silva, Tomaz Tadeu, org. Pedagogia dos monstros –os prazeres e os perigos da confusão de fronteiras. Belo Horizonte: Autêntica, 2000.
  71. Soares, Carmen. Imagens da educação no corpo –estudos a partir da ginástica francesa no século XX. Campinas, Autores Associados, 1998.
  72. Thomson, Rosemarie, ed. Freakery – Cultural Spetacles of the Extraordinary Body. New York University Press, 1996.
  73. Thomson, Rosemarie. Extraordinary bodies –figuring physical disability in american culture and literature. New York: Columbia University Press, 1997
  74. Turner, Victor. A floresta dos símbolos – aspectos do ritual Ndembu. Niterói: EdUFF, 2005.
  75. Vigarello, George; Richard Holt. “O corpo trabalhado –ginastas e esportistas no século XIX”. Em História do corpo 2 – da Revolução à Grande Guerra, org. Alain Corbain, Jean-Jacques Courtine, e Georges Vigarello, 393-478. Petrópolis: Vozes, 2008.
  76. Woortmann, Klass. O selvagem e o Novo Mundo –ameríndios, humanismo e escatologia. Brasília: UnB, 2004.