Publicado 2020-09-10
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- 2021-04-30 (2)
- 2020-09-10 (1)
Palavras-chave
- Ditadura,
- Propaganda,
- Desenvolvimento,
- Saúde
Como Citar
Resumo
O presente artigo tem como objetivo analisar a relação entre propaganda e saúde nos “anos de chumbo”, especificamente no ano de 1972 quando a ditadura encenava o ápice da repressão política no Brasil, sob o governo do general Emílio Garrastazu Médici. O foco da análise serão os três primeiros filmetes da campanha “Povo desenvolvido é povo limpo”, criada pelo publicitário Ruy Perotti Barbosa da Linxfilm e lançada pela Assessoria Especial de Relações Públicas (AERP). A partir desses filmes será possível fazer reflexões sobre as relações entre ditadura e o campo da saúde, sobretudo, os aspectos de continuidade de certa concepção individualizante, que considera o sujeito como responsável pelo seu próprio bem estar. Com tal concepção, a AERP empreendeu uma campanha de higiene que, de modo mais amplo, funcionou
como propaganda de divulgação do projeto modernizador da ditadura civil-militar, pois, suprimiu a palavra saúde e atrelou os princípios de higiene à noção de desenvolvimento.
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Referências
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