Publicado 2020-04-18
Versões
- 2021-04-28 (2)
- 2020-04-18 (1)
Palavras-chave
- Biologia,
- Queer,
- Identidades de gênero e sexual,
- Individuação,
- Processos de subjetivação
Como Citar
Resumo
Ao sustentar o argumento de que toda a Biologia é queer o presente trabalho tem como objetivo jogar luzes sobre a importante discussão que diz respeito ao uso equivocado do conhecimento biológico frente à complexidade da temática da construção das identidades de gênero e sexual. A instrumentalização negativa dessa ciência e a ingenuidade relacionada à sua compreensão discursiva produzem uma série de erros comumente utilizados para a manutenção dos corpos queer em uma condição de anormalidade no interior de uma sociedade patriarcal, heteronormativa e binária. Assim, o artigo pretende mostrar que a Biologia se funda por essência na – e pela – biodiversidade e que sua epistemologia compreende os modos de existência queer, embora não exista nenhum tipo de determinismo biológico, mas arranjamentos singulares responsáveis pela constituição dessas subjetividades – processos de individuação relacionados às formas de desejo, aos modos de afecção e às performances, produzindo na condição contra-hegemônica dos sujeitos queer formas de resistências possíveis.
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